As farsas da linguagem em “Passeio Noturno”, de Rubem Fonseca

Revista Filologia e Linguística Portuguesa

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ISSN: 2176-9419
Editor Chefe: Prof. Dr. Sílvio de Almeida Toledo Neto
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

As farsas da linguagem em “Passeio Noturno”, de Rubem Fonseca

Ano: 1998 | Volume: 2 | Número: 0
Autores: Beatriz Regina Benradt Martinez
Autor Correspondente: Beatriz Regina Benradt Martinez | [email protected]

Palavras-chave: modo de narrar, visão de mundo, linguagem reificada, estilo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Um dos traços relevantes da ficção de Rubem Fonseca é desacreditar as “verdades” das personagens, desacreditando-se a linguagem que as constrói. Por isso é fundamental que se entre em contato com a realidade através dos modos de expressão dos próprios protagonistas, saídos de diferentes estratos sociais urbanos. O objetivo deste trabalho é examinar a questão da farsa articulada à problemática da linguagem reificada e mistificadora, em “Passeio noturno – parte I” e “Passeio noturno – parte II”. No narrador-personagem desses contos, convivem o burguês e o criminoso. Mas apenas o estilo os denuncia como sendo a mesma “pessoa”.



Resumo Inglês:

One of the relevant remarkable characteristics of Rubem Fonseca’s fiction is to disbelieve the “truths” of the characters, disbelieving the language which build them up. For this reason it is fundamental to go in contact with the reality through the ways of expression of the own protagonists that come out of different social urban extracts. The objective of this work is to exam the question of the farce articulated at the problematic of the reified and mythical language, in “Passeio noturno – parte I” and “Passeio noturno – parte II”. In the narrator-character (“I” as protagonist) of these short stories, the bourgeois coexists with the criminal. It is only the style that denounces them as the same “person”.