A face oculta da Modernidade colonial

Caderno Teológico

Endereço:
Rua Imaculada Conceição 1155 - Escola de Educação e Humanidades - Prado Velho
Curitiba / PR
80215-901
Site: https://periodicos.pucpr.br/index.php/cadernoteologico/index
Telefone: (41) 3271-1359
ISSN: 23188065
Editor Chefe: Jefferson Zeferino e Jaci de Fátima Candiotto
Início Publicação: 30/06/2019
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

A face oculta da Modernidade colonial

Ano: 2019 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Raphael Colvara Pinto
Autor Correspondente: Raphael Colvara Pinto | [email protected]

Palavras-chave: modernidade, modernidade líquida, pensamento decolonial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O conceito de Modernidade líquida, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, tornou-se referência para inúmeras abordagens nas Ciências Sociais contemporâneas. Contudo, seu pensamento tem sido alvo de críticas por buscar universalizar uma experiência europeia particular em detrimento de outras. Tomando em consideração esse desafio, o presente artigo propõe a seguinte questão: até que ponto a Modernidade Líquida responde às transformações do Sul global? Como pensá-la para além de suas ambiguidades sem desconsiderar seus contributos? Essa abordagem nos permitirá analisar como os processos mundiais construíram concepções em termos de hierarquias excludentes, incorporadas tanto nas instituições detentoras do poder, quanto nas categorias e conceitos internalizados. Abordaremos tal questão a partir das contribuições de autores latino-americanos como Aníbal Quijano e Walter Mignolo, apontando a Modernidade colonial como aparato ideológico e econômico que serviu para o silenciamento de povos não europeus.



Resumo Inglês:

The concept of liquid modernity, by the Polish sociologist Zygmunt Bauman, has become a reference for approaches in contemporary social sciences. However, his thinking has been criticized for seeking to universalize a specific European experience to the detriment of others. Taking this challenge into account, this article presents the following question: to what extent does liquid modernity respond to the transformations of the global South? How to think about it beyond its ambiguities without disregarding its contributions? This approach analyzes how the world processes have built conceptions in terms of excluded hierarchies, incorporated both in the institutions with power, as well as in the internal categories and concepts. This article addresses this issue based on the contributions of Latin American authors such as Aníbal Quijano and Walter Mignolo, pointing to colonial Modernity as an ideological and economic apparatus that serves to silence non-European peoples.