Este artigo discute a fabricação do Município de Cubatão, Brasil, como espaço tóxico e de poluição na década de 1980. Entende-se a toxicidade como uma construção ao mesmo tempo material e discursiva, baseada nas ansiedades da sociedade industrial. Para discutir a questão, utiliza-se o jornal A Tribuna de Santos, que foi o principal espaço de publicação de matérias sobre desastres ambientais na região. O texto discute o tema levando em consideração a relação entre desastres ambientais e perspectivas desenvolvimentistas articuladas durante o mais recente regime autoritário brasileiro.
This article stresses the fabrication of Brazilian city of as a toxic place in the 1980s. Toxicity is taken as a material and discursive construction, based on anxieties of industrial society. To discuss the issue, we use the newspaper A Tribuna de Santos, which was the main publisher of environmental discussions on disasters in the region of Cubatão. We discuss this issue observing the relationship between environmental disasters and development perspectives articulated by the later Brazilian authoritarian regime.