Experimentação e adicção contemporâneas sob o regime farmacopornográfico

Cadernos De Pesquisa Interdisciplinar Em Ciências Humanas

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CAMPUS UNIVERSITáRIO DA TRINDADE S/N
Florianópolis / SC
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Telefone: (48) 3721-9405
ISSN: 16787730
Editor Chefe: Myriam Raquel Mitjavila
Início Publicação: 29/02/2000
Periodicidade: Semestral

Experimentação e adicção contemporâneas sob o regime farmacopornográfico

Ano: 2010 | Volume: 11 | Número: 98
Autores: Wagner Xavier Camargo, Juliana Xavier Camargo
Autor Correspondente: Wagner Xavier Camargo | [email protected]

Palavras-chave: análise filmográfica, farmacopornografia, réquiem para um sonho

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio propõe a análise do filme ―Requiem para um Sonho‖ (2000), de Darren Aronofsky, baseando-se em considerações sobre adicções contemporâneas e formas de gestão biomediática da subjetividade. Dessa forma, busca no conceito de regime farmacopornográfico o fundamento para a discussão. A era farmacopornográfica teve suas origens nos escombros da 2ª Guerra Mundial, desenvolvendo-se ao logo da corrida tecnológia da Guerra Fria e adquirindo seu perfil na crise do capitalismo industrial dos anos 1970. Tal regime farmacopornográfico oscila entre os polos farmacológico e pornográfico e captura as subjetividades interconectadas através do controle biomediático. O filme, por sua vez, é bem sucedido por apresentar a discussão acerca das adicções contemporâneas, a partir de um espectro irrestrito de dependência: todos estamos capturados.



Resumo Inglês:

This essay proposes an analysis about the Darren Aronofsky‘s movie "Requiem for a Dream" (2000), which one is based on the consideration of addictions and contemporary forms of biomediatic control of the subjectivity. Therefore the concept of ―farmacopornographic regime‖ will be the basis for the discussion. Farmacopornographic Era had its origins in the rubble of the 2nd World War, developing the logo of the Cold War technology race and getting their profile in the crisis of industrial capitalism of the 1970s. This system oscillates between the poles pharmacological and pornographic, and captures the subjectivities interconnected through biomediatic control. The movie, in turn, is successful in addressing the discussion of contemporary addictions from an unrestricted range of dependency: we are all caught.