O presente artigo busca apresentar um debate em torno do papel exercido pela noção de experiência na atmosfera intelectual europeia do século XVI, destacando de que modo a prática experiencial fora revalorizada pelos eruditos renascentistas, culminando com a produção de novas formas de conhecimento muito bem delimitadas, e que passaram, inclusive, a dialogar com o saber acadêmico. Dessa maneira, demostraremos como a experiência passava a ser utilizada com frequência, enquanto meio e método para a produção de conhecimento. Constantemente, autores quinhentistas utilizavam-se desse conceito para, dentre outras coisas, questionar os autores antigos, tidos até então como autoridades infalíveis pelos meios eruditos.
This article seeks to present a debate on the role played by the notion of experience in European intellectual atmosphere of the sixteenth century, highlighting how the experiential practice outside revalued by the Renaissance scholars, culminating in the production of new forms of knowledge very well defined, and now, even the dialogue with the academic knowledge. Thus, the experiment will demonstrate how started to be frequently used as a means and method for the production of knowledge. Constantly sixteenth century authors used up to this concept, among other things, to question the ancient authors, hitherto taken as infallible authorities by scholar’s means.