A EXPERIÊNCIA DO PARTO A PARTIR DO OLHAR DE MÃES ADOLESCENTES

Revista Educação, Psicologia e Interfaces

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ISSN: 2594-5343
Editor Chefe: Maria Luzia da Silva Santana
Início Publicação: 13/10/2017
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

A EXPERIÊNCIA DO PARTO A PARTIR DO OLHAR DE MÃES ADOLESCENTES

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: W.M.Lima, H.S. Nascimento, S.E.A. Lima, I.G.A. Figueiredo
Autor Correspondente: I.G.A. Figueiredo | [email protected]

Palavras-chave: Adolescente. Obstetrícia. Parto Humanizado. Percepção. Violência.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo desse artgo é descrever a percepção de mães adolescentes acerca da experiência do parto. É um estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, realizado em Hospital de referência do centro-sul piauiense com 8(oito) mães adolescentes, na faixa etária de 15 (quinze) a 18 (dezoito) anos. Os dados foram coletados entre novembro de 2014 a janeiro de 2015 através de entrevista semiestruturada e analisados com base na teoria de Mynaio. Atendeu as recomendações éticas da Resolução nº 466 de 2012 e do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com parecer n°. 808.585. Quanto ao estado civil, 3 (três) das participantes declararam ser solteiras, 1 (uma) casada e 4 (quatro) em união estável. Referente ao nível de escolaridade, apenas 1(uma) referiu ter o ensino médio completo e 2(duas) disseram ter o ensino fundamental incompleto. Todas apontaram o parto como experiência dolorosa. Evidenciaram-se violações de direitos e violências obstétricas como o impedimento da entrada do acompanhante escolhido pela mulher; exames de toques sucessivos; episiotomia; retardamento do contato mãe-filho logo pós o parto; restrição hídrica e alimentar; posição litotômica e manobra de Kristeller. Solidão, preocupação com o bebê, desamparo, incapacidade de decidir sobre o seu corpo além da dor sumarizam sentimentos identificados no momento do parto. Envolvimento de gestores, financiando serviços adequados e humanizados à gravidez, parto e puerpério com qualificação dos profissionais de saúde, valorização o uso de práticas baseadas em evidências e educação e saúde podem representar um jeito positivo de assistir à mulher assegurando seus direitos e tornando-as protagonistas desse momento.