Este artigo identifica as representações linguÃstico-culturais de resistência na narrativa Adão e Eva dos autores Lodenir Karnopp e Fabiano Rosa, da literatura surda e na obra Ynari: a menina de cinco tranças do autor angolano Ondjaki. Para tanto, usamos a abordagem comparativista trazendo as evidências de resistência nas obras a partir dos estudos pós-coloniais. Na primeira parte do artigo contextualizamos as obras e após abordamos o termo resistência a partir dos estudos pós-coloniais e, em seguida adentramos na análise das obras. A fim de delimitar os elementos de análise para comparação das obras, fizemos uso de alguns aspectos da topoanálise elencados por seu criador Gaston Bachelard e revisitados por OzÃris Borges Filho, limitando nosso estudo à s evidências de resistência manifestadas na obra pelos personagens e pela ambientação criada pelos autores, identificando os valores culturais e linguÃsticos que são expressos nas obras. Verificamos que tanto Adão e Eva como Ynari possuem elementos textuais que evidenciam valores linguÃstico-culturais e os autores, fazem da literatura uma estratégia de resistência.