Ponto de convergência da reflexão, a ética de Aristóteles, autonomamente definida, orienta as ações humanas para um fim propriamente humano, a eudaimonÃa. Enraizado na natureza axiogênica da cultura, na medida em que rompe com o domÃnio da phýsis, o costume (êthos) é fonte primeira de ações justas, nobilitantes e excelentes, cuja repetição aperfeiçoa o hábito (êthos-héxis) como bem duradouro. Na era da mundialização, a educação parece perder a sua arkhé, seu sentido, sua razão de ser, sendo geralmente reduzida à escola. Em nome da socialização de conteúdos e habilidades, a escola transmite um saber pronto, instrumentalizado, fetichizado, mercadoria a ser consumida. Pensar a ética nesse contexto é também interrogar o trabalho da escola, o sentido e natureza da educação.