ESTENOSE LOMBOSSACRA DEGENERATIVA EM CÃES. REVISÃO

Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR

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ISSN: 1982-1131
Editor Chefe: Juliana Silveira do Valle
Início Publicação: 31/07/1998
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias

ESTENOSE LOMBOSSACRA DEGENERATIVA EM CÃES. REVISÃO

Ano: 2025 | Volume: 28 | Número: 1
Autores: Thyara Caroline Weizenmann, Mônica Vicky Bahr Arias
Autor Correspondente: Mônica Vicky Bahr Arias | [email protected]

Palavras-chave: Cauda equina, Instabilidade lombossacra, Canino, Cauda equina, Lumbosacral instability, Dogs, Cauda equina, Inestabilidad lumbosacra, Perros

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A estenose lombossacra degenerativa (ELD) em cães é similar à doença lombossacra degenerativa humana, sendo caracterizada por déficits neurológicos, claudicação e dor lombar devido à compressão das raízes nervosas da cauda equina. A compressão, por sua vez, decorre da degeneração da articulação lombossacra, herniação de disco intervertebral, alterações nas facetas articulares, espessamento do ligamento amarelo e instabilidade vertebral. Em cães, o tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, e a escolha depende da severidade e do tipo de compressão, entre outros fatores. No entanto, ainda não há consenso sobre a melhor abordagem terapêutica, uma vez que nenhuma das técnicas disponíveis promove distração e fusão adequadas das vértebras afetadas. Esta revisão narrativa da literatura teve como objetivo abordar os aspectos clínicos, diagnóstico e opções terapêuticas da ELD em cães, destacando as limitações e controvérsias existentes. Constatou-se que a afecção impacta a mobilidade e qualidade de vida dos cães, mas os estudos disponíveis ainda apresentam limitações metodológicas, pequeno número de casos e resultados controversos. Além disso, há poucos trabalhos sobre o uso de implantes associados a cages ou espaçadores intervertebrais, e os tamanhos dos dispositivos disponíveis para humanos não são adequados para cães de pequeno porte. Embora alguns tratamentos possam melhorar a qualidade de vida de aproximadamente 80% dos pacientes, ainda é necessária a realização de estudos para desenvolvimento de implantes específicos e protocolos cirúrgicos mais eficazes.



Resumo Inglês:

Degenerative lumbosacral stenosis (DLS) in dogs is similar to degenerative lumbosacral disease in humans, characterized by neurological deficits, lameness, and lower back pain due to compression of the cauda equina nerve roots. This compression results from degeneration of the lumbosacral joint, intervertebral disc herniation, changes in the articular facets, thickening of the yellow ligament, and vertebral instability. In dogs, treatment can be either medical or surgical, and the choice depends on severity and type of compression, among other factors. However, there is still no consensus on the best therapeutic approach, as none of the available techniques adequately promote distraction and fusion of the affected vertebrae. This narrative literature review aimed to discuss the clinical aspects, diagnosis, and treatment options for DLS in dogs, highlighting existing limitations and controversies. It was found that the condition significantly impacts the mobility and quality of life of affected dogs, but available studies still present methodological limitations, a small number of cases, and controversial results. Furthermore, there are few studies on the use of implants associated with intervertebral cages or spacers, and the sizes of devices designed for humans are not suitable for small-breed dogs. Although some treatments can improve the quality of life in approximately 80% of patients, further studies are needed to develop specific implants and more effective surgical protocols.



Resumo Espanhol:

La estenosis lumbosacra degenerativa (ELD) en perros es similar a la enfermedad lumbosacra degenerativa en humanos, caracterizada por déficits neurológicos, cojera y dolor lumbar debido a la compresión de las raíces nerviosas de la cauda equina. Esta compresión resulta de la degeneración de la articulación lumbosacra, la herniación del disco intervertebral, alteraciones en las facetas articulares, engrosamiento del ligamento amarillo e inestabilidad vertebral. En perros, el tratamiento puede ser médico o quirúrgico, y la elección depende de la gravedad y el tipo de compresión, entre otros factores. Sin embargo, aún no existe consenso sobre el mejor enfoque terapéutico, ya que ninguna de las técnicas disponibles promueve de manera adecuada la distracción y fusión de las vértebras afectadas. Esta revisión narrativa de la literatura tuvo como objetivo abordar los aspectos clínicos, el diagnóstico y las opciones terapéuticas de la ELD en perros, destacando sus limitaciones y controversias. Se encontró que la afección afecta significativamente la movilidad y la calidad de vida de los perros afectados, pero los estudios disponibles aún presentan limitaciones metodológicas, un número reducido de casos y resultados controvertidos. Además, hay pocos estudios sobre el uso de implantes asociados a cages o espaciadores intervertebrales, y los tamaños de los dispositivos diseñados para humanos no son adecuados para perros de razas pequeñas. Aunque algunos tratamientos pueden mejorar la calidad de vida en aproximadamente el 80% de los pacientes, aún se requieren más estudios para desarrollar implantes específicos y protocolos quirúrgicos más eficaces.