Espacialidade travesti: habitat de gênero e práticas topográficas de corpos trans nas artes da cena brasileira

Urdimento

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta - 1907 - Santa Mônica
Florianópolis / SC
88035-901
Site: http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/index
Telefone: (48) 3664-8353
ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Espacialidade travesti: habitat de gênero e práticas topográficas de corpos trans nas artes da cena brasileira

Ano: 2020 | Volume: 2 | Número: 38
Autores: Dodi Tavares Borges Leal
Autor Correspondente: Dodi Tavares Borges Leal | [email protected]

Palavras-chave: Arte e espacialidade, estudos cênicos de gênero, topografia corporal, transgeneridades

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo trata de interrogar os processos poético-topográficos nas artes cênicas a partir dos paradigmas espaciais instaurados pelas corporalidades transgêneras na cena brasileira recente. A reflexão põe em tensão os fenômenos de performatividade do espaço (Mostaço, 2016) e de performatividade transgênera (Leal, 2018b) buscando entender traços de habitat de gênero nas artes contemporâneas. A espacialidade travesti é então pensada a partir de configurações cênicas provocativas suscitadas por modos atitudinais de proteção e criação de gênero no ambiente. Neste sentido, a partir de incitações de processos criativos recentes, e da noção de racismo ambiental (Santos et al., 2016), analisamos as categorias da passabilidade, da reclusão e do cisplay como possíveis modos de violência ambiental às transgeneridades.



Resumo Inglês:

The article tries to interrogate the poetic-topographical processes in the performing arts from the spatial paradigms established by transgender bodies in the recent Brazilian scene. The reflection puts in tension the phenomena of space performativity (Mostaço, 2016) and transgender performativity (Leal, 2018b), seeking to understand gender habitat traits in contemporary arts. The transvestite spatiality is then thought from provocative scenic configurations raised by attitudinal modes of protection and creation of gender in the environment. In this sense, from the incitement of recent creative processes, and the notion of environmental racism (Santos et al., 2016), we analyze the categories of passability, confinement and cisplay as possible modes of environmental violence to transgenderities.