A ESPACIALIDADE DA COVID-19 E O PANDEMÔNIO EM MEIO A PANDEMIA NAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DA CAJAÍBA – PARATY

Revista Tamoios

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ISSN: 1980-4490
Editor Chefe: Eduardo Karol
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

A ESPACIALIDADE DA COVID-19 E O PANDEMÔNIO EM MEIO A PANDEMIA NAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DA CAJAÍBA – PARATY

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: Especial
Autores: A.M. Said
Autor Correspondente: A.M. Said | [email protected]

Palavras-chave: Mobilidade espacial; pesca artesanal; políticas públicas; Cajaíba; COVID-19.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A nova pandemia que se agrava na atualidade coloca em xeque as formas de ocupação do espaço, os padrões de consumo e o próprio modelo de produção e exploração do meio ambiente. Apesar das multivariáveis que envolvem a questão do surgimento da pandemia, o vírus vem se espalhando pelos mercados financeiros da economia global e nos mercados locais. As interações espaciais globais orientadas pelas verticalidades em detrimento das horizontalidades tencionam e desorientam as ordens e desordens que chegam aos lugares, geram incertezas na implementação de políticas públicas de inclusão das camadas mais vulneráveis socialmente diante do espraiamento espacial do novo coronavírus, principalmente em redutos mais isolados como Paraty-RJ, onde se encontram instaladas comunidades tradicionais pesqueiras em lugares de difícil acesso. Em se tratando da chegada do vírus em Paraty, a pandemia já causa pandemônio entre as comunidades costeiras e com o aviltamento nos preços do principal meio de subsistência dessas famílias, o cenário que se apresenta é o de aprofundamento da crise sanitária e social nessas comunidades. O objetivo deste ensaio é analisar o contexto do Coronavirus e sua expansão mundial e discutir os impactos desse contexto nas comunidades tradicionais caiçaras e pesqueiras de Cajaíba (Paraty) e analisar suas consequências na pesca artesanal e nos modos de vida.



Resumo Inglês:

The new pandemic that is getting worse nowadays calls into question the forms of occupation of space, consumption patterns and the very model of production and exploration of the environment. Despite the multivariables that involve the question of the emergence of the pandemic, the virus has spread to financial markets in the global economy and local markets. Global spatial interactions oriented by verticalities to the detriment of horizontalities intend and disorient the orders and disorders that arrive at places, generate uncertainties in the implementation of public policies for the inclusion of the most socially vulnerable strata in view of the spatial spread of the new coronavirus, especially in more isolated strongholds such as Paraty-RJ, where traditional fishing communities are installed in places that are difficult to access. When it comes to the arrival of the virus in Paraty, the pandemic is already causing pandemonium among coastal communities and with the degradation in prices of the main means of subsistence for these families, the scenario presented is that of deepening the health and social crisis in these communities. The objective of this essay is to analyze the context of the Coronavirus and its worldwide expansion and to discuss the impacts of this context on the traditional caiçaras and fishing communities of Cajaíba (Paraty) and to analyze its consequences in artisanal fishing and in the ways of life.