A ESPACIALIDADE ABERTA E RELACIONAL DO LAR: A ARTE DE CONCILIAR MATERNIDADE, TRABALHO DOMÉSTICO E REMOTO NA PANDEMIA DE COVID-19

Revista Tamoios

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ISSN: 1980-4490
Editor Chefe: Eduardo Karol
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

A ESPACIALIDADE ABERTA E RELACIONAL DO LAR: A ARTE DE CONCILIAR MATERNIDADE, TRABALHO DOMÉSTICO E REMOTO NA PANDEMIA DE COVID-19

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: Especial
Autores: A.L. de Oliveira
Autor Correspondente: A.L. de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Espacialidade; Maternidade; Trabalho doméstico; geografias feministas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A reconhecida sobrecarga de trabalho acumulado pelas mulheres, especialmente as mães, e a intensificação do convívio familiar no contexto do isolamento social - proposto como ação de contenção da contaminação pelo Corona-vírus - motiva uma reflexão sobre a espacialidade e a densidade das relações domésticas. A ideia é refletir sobre esta espaço-temporalidade aberta e plural da maternidade, enfatizando as disputas de sentido que revelam o lar como espacialidade relacional e conflitiva. Cabe registrar o desafio do pensar/realizar a conciliação da maternagem e do trabalho doméstico, com as novas exigências de trabalho remoto, em meios às incertezas do presente. Trata-se de refletir a espacialidade cotidiana na visão da mulher-mãe que traz a maternagem para o debate teórico e político por acreditar que a “teoria” surge da vida e que o ‘pessoal é político’. Pensar a casa, o lar, o espaço doméstico como espacialidade relacional e aberta é relevante para nossas pesquisas corporificadas e para os estudos das Geografias Feministas, que problematizam os desafios do trabalho intelectual das mães, especialmente em condições espaço-temporais adversas, como a do confinamento no lar em razão da pandemia.



Resumo Espanhol:

La reconocida sobrecarga de trabajo acumulada por las mujeres, especialmente las madres, y la intensificación de la vida familiar en el contexto del aislamiento social, propuesto como acción para contener la contaminación por coronavirus, motiva una reflexión sobre la espacialidad y la densidad de las relaciones domésticas. La idea es reflexionar sobre esta temporalidad espacial abierta y plural de la maternidad, enfatizando las disputas de significado que revelan el hogar como una espacialidad relacional y conflictiva. Es necesario registrarse el desafío de pensar/realizar la conciliación de la maternidad y el trabajo doméstico, con las nuevas demandas del trabajo remoto, en medio de las incertidumbres del presente. Se trata de reflejar la espacialidad diaria en la visión de la mujer-madre que lleva la maternidad al debate teórico y político por creer que la "teoría" surge de la vida y que lo "personal és político". Pensar el hogar, el espacio doméstico como espacialidad relacional y abierta es relevante para nuestra investigación corporificada y para los estudios de Geografías Feministas que problematizan los desafíos del trabajo intelectual de las madres, especialmente en condiciones adversas de espacio-tiempo, como el de encierro en nustras casas debido a la pandemia.