ESCUTAR A EXPERIÊNCIA DA PESQUISA PARA PROMOVER A TRANSFORMAÇÃO DO PENSAR E FAZER ACADÊMICO

Cenas Educacionais

Endereço:
Avenida Contorno - S/N - São José
Caetité / BA
46400-000
Site: https://www.revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/index
Telefone: (77) 3454-2021
ISSN: 2595-4881
Editor Chefe: Janaína de Jesus Santos
Início Publicação: 12/06/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Saúde coletiva, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar

ESCUTAR A EXPERIÊNCIA DA PESQUISA PARA PROMOVER A TRANSFORMAÇÃO DO PENSAR E FAZER ACADÊMICO

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: Não se aplica
Autores: Luciete C. S. L. Bastos
Autor Correspondente: Luciete C. S. L. Bastos | [email protected]

Palavras-chave: Crianças quilombolas, Identidade, Discriminação, Resistência.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto é produto da mesa: Partir e Retornar para fazer a diferença- em discussão professores doutores da casa, realizada no V Seminário Interdisciplinar de Ensino, Extensão e Pesquisa, entre os dias 28 e 30 de agosto de 2019 pelo Departamento de Ciências Humanas, Campus VI-Caetité da Universidade do Estado da Bahia. Trata-se de um estudo interdisciplinar sobre a construção da identidade das crianças quilombolas da comunidade de Sambaíba, desde o início, uma pesquisa com crianças e não sobre elas, cujas reflexões possibilitaram compreender como o diálogo entre antropologia e educação vem se apropriando da problematização das relações sociais, envolvendo as infâncias. Meu percurso teórico-metodológico encontrou o caminho para uma concepção de infância plural na etnografia. A pesquisa levou-me a algumas constatações, nem todas conclusivas, mas instigantes: são inúmeros os sentidos/significações oportunizados pelas narrativas das crianças; trata-se de um estudo sobre identidades plurais; que se constroem nos processos de interação escola/comunidade/crianças do/no quilombo; que o adjetivo quilombola tem um peso discriminatório; que a construção dessa(s) identidade(s) repercute nas formas de enfrentamento da discriminação em ambientes escolares multiculturais. Conclui que essa autoafirmação é dolorosa e cambiante entre “o ser e o não ser”, dependendo do lugar em que as crianças estejam e com quem se relacionam a identidade é mais, ou menos, evidente. A ausência de uma educação quilombola e de uma escola estruturada física e pedagogicamente para este fim, dificultam a educação institucionalizada dessas crianças, que não se veem representadas e respeitadas em seus saberes e fazeres, portanto excluídas do processo.



Resumo Inglês:

This text is a product of the conference table: Departing and returning  to make a difference - in discussion PhD professors from the Department, held on the V Interdisciplinary Seminar of Education, Extension and Research, which happened between the 28th and 30th of August 2019 by the Department of Human Sciences, on VI-Caetité Campus of University of the State of Bahia. It concerns an interdisciplinary study on the identity construction of the quilombola children of the Sambaíba community, since the beginning, a research with the children and not about them, in which the considerations enabled the understanding of how dialogue between anthropology and education has been appropriating the problematization of the social relations, involving infancies. My theoretic-methodological journey has found a path to the plural infancy conception on ethnography. The research has led me to a few findings, not all conclusive, but thought-provoking: there are a countless meanings made opportunistic by the children’s storytelling; it is a study on plural identities; which are built during the school/community/children interaction process of/from the quilombo; where the adjective quilombola has a discriminatory meaning; in which the construction of these identities rebound in the discrimination confrontational ways on multicultural school environments. I then concluded that this self-affirmation is painful and ever changing between “being and not being”, depending on the place in which the children are and with whom they connect identity is more, or less, evident. The absence of a quilombola education and of physically and pedagogically structured school for this end, make the institutionalized education of these children difficult, since they do not see each other represented and respected for their knowledge and actions, therefore being excluded from the process.



Resumo Espanhol:

Este texto es el producto de la mesa: Partir y regresar para hacer la diferencia - en discusión profesores doctores de la casa, celebrada en el 5to Seminario Interdisciplinario sobre Enseñanza, Extensión e Investigación, entre el 28 y el 30 de agosto de 2019 por el Departamento de Ciencias de las Humanidades, Campus VI-Caetité de la Universidad Estatal de la Bahía. Este es un estudio interdisciplinario sobre la construcción de la identidad de los niños quilombolas en la comunidad de Sambaíba, desde el principio, una investigación con niños y no sobre ellos, cuyas reflexiones permitieron comprender cómo el diálogo entre antropología y educación se ha apropiado de la problematización de las relaciones sociales, involucrando niños. Mi camino teórico-metodológico encontró el camino hacia una concepción de la infancia plural en la etnografía. La investigación me llevó a algunos hallazgos, no todos concluyentes, pero que provocan reflexión: hay innumerables sentidos / significados proporcionados por las narraciones de los niños; es un estudio de identidades plurales; que se construyen en los procesos de interacción entre escuela / comunidad / niños en / en el quilombo; que el adjetivo quilombola tiene un peso discriminatorio; que la construcción de estas identidades tiene repercusiones en las formas de enfrentar la discriminación en entornos escolares multiculturales. Concluye que esta autoafirmación es dolorosa y cambia entre "ser y no ser", dependiendo de dónde estén los niños y con quién se relacionen, la identidad es más o menos evidente. La ausencia de una educación quilombola y una escuela estructurada física y pedagógicamente para este propósito, dificultan la educación institucionalizada de estos niños, que no se ven representados y respetados en sus conocimientos y prácticas, por lo tanto excluidos del proceso.