ESCOLAS QUE SÃO ASAS: UMA ANÁLISE SARTREANA DA ESCOLA DO CAMPO
Revista Tamoios
ESCOLAS QUE SÃO ASAS: UMA ANÁLISE SARTREANA DA ESCOLA DO CAMPO
Autor Correspondente: D.J. Ramos | [email protected]
Palavras-chave: Liberdade; Essência; Revolta; Educação.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
A partir do existencialismo proferido por Sartre (1987), procuramos entender a escola do campo por meio de sua formação, considerando-a como um objeto “em si”, com sua essência teoricamente construída e situações que a tornaram objeto de luta e conquista. Os indivíduos que atuam nestas instituições, seres denominados por Sartre como “para si”, desfrutam da liberdade de escolha. O argumento é que a escola sendo um objeto “em si”, não se escolhe, não constrói uma educação que busque a liberdade do ser. Tais escolhas influenciam a realização da essência da escola do campo, a partir de práticas educacionais dependentes de decisões individuais e coletivas, o que pode ir ao encontro, ou afastar a escola em teoria de uma escola em prática. Movidos por sentimentos de falsa elevação social pela profissão, em alguns casos, os professores acabam por distanciar a escola do campo de sua essência. A solução encontra-se na revolta e liberdade. Revolta diante da conscientização da situação social, cedendo ao fato que professores e alunos participam da classe social dos trabalhadores. A liberdade manifesta-se em escolher se unir e lutar. O “ser para si” se livra de suas condições sociais e admite uma educação do campo para o campo.
Resumo Inglês:
From the existentialism given by Sartre (1987), we try to understand the rural school through its formation, considering it as an object "in itself", with its theoretically constructed essence and situations that have made it the object of struggle and conquest. Individuals who work in these institutions, beings called by Sartre as "for itself", enjoy freedom of choice. The argument is that the school being an object "in itself", does not choose, does not construct an education that seeks the freedom of being. Such choices influence the achievement of the essence of the rural school, from educational practices dependent on individual and collective decisions, which can meet, or move away from school in theory of a school in practice. Driven by feelings of false social upheaval by the profession, in some cases, teachers eventually distance the rural school from its essence. For an important understanding its necessary revolt and freedom. Revolt before the awareness of the social situation, yielding to the fact that teachers and students participate in the social class of the workers. Freedom manifests itself in choosing to unite and fight. The "being for itself" gets rid of its social conditions and admits an rural education to rural places.
