Entrelinhas: O surgimento da China como ‘adversária comercial’ nos documentos do USTR, 2001-2016

Revista Agenda Política

Endereço:
Rod. Washington Luis, km 235 - São Carlos - SP - BR
São Carlos / SP
13565-905
Site: http://www.agendapolitica.ufscar.br/index.php/agendapolitica/index
Telefone: (16) 3351-8415
ISSN: 23188499
Editor Chefe: Thaís Cavalcante Martins, Mércia Alves, Marcelo Fontenelle e Silva
Início Publicação: 30/06/2013
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

Entrelinhas: O surgimento da China como ‘adversária comercial’ nos documentos do USTR, 2001-2016

Ano: 2020 | Volume: 8 | Número: 3
Autores: M. de P. N. Rocha; M. de A. Resende
Autor Correspondente: M. de P. N. Rocha | [email protected]

Palavras-chave: política comercial, Estados Unidos, China, guerra comercial

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, é analisado como a China foi discutida nos documentos do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) entre 2001 e 2016. A hipótese é que o USTR deixou de perceber a China como um “Estado normal” e passou a percebê-la como um “Estado adversário”, sendo o ponto de virada o período entre 2003 e 2005, no governo de George W. Bush. Utiliza-se a análise de conteúdo para testar a hipótese em dois documentos: a President’s Trade Policy Agenda e o Special 301 Report. Observa-se quedesde operíodo de 2003-2005 as menções à China passaram de um nível normal para um nível extraordinário e o discurso do USTR começou a caracterizar a China de modo mais negativo, anunciando o uso de “todas as ferramentas disponíveis” para responder às práticas comerciais injustas da China. Conclui-se que há lastro empírico para a hipótese e que a percepção de que a China é uma “adversária comercial”dos Estados Unidos tem forte enraizamento burocrático.



Resumo Inglês:

In this paper, we examine how the United States Trade Representative (USTR) framed China in his reports between 2001 and 2016.The hypothesis is that the USTR stopped perceiving China as a “regular state” and began to perceive it as an “adversary state”, and the turning point was between 2003 and 2005 under George W Bush’s administration. We use content analysis to test the hypothesis in two documents: The President’s Trade Policy Agenda; and the Special 301 Report. We observed that since the period of 2003 to 2005 the mentions to China has gone from a normal level to an extraordinary level and the USTR’s speech began to characterize China in a more negative way, announcing the use of “all available tools” to respond to the unfair Chinese trade practices. We concluded that there is empirical support for the hypothesis and that the perception of China as a trade adversary of the United States has a strong bureaucratic root.



Resumo Espanhol:

En este artículo se analiza cómo se discutió China en los documentos del Representante Comercial de los Estados Unidos (USTR) entre 2001 y 2016. La hipótesis es que el USTR dejó de percibir a China como un "estado normal" y comenzó a percibirla como un "estado adversario", y el punto de inflexión fue el período entre 2003 y 2005 bajo la administración George W.Bush. El análisis de contenido se usa para discutir dosdocumentos y probar la hipótesis: la President’s Trade Policy Agenda; y el Special 301 Report.Se observa que desde el período de 2003 a 2005 las menciones a China han pasado de un nivel normal a un nivel extraordinario y el discurso del USTR comenzó a caracterizar a China de manera más negativa, anunciando el uso de “todas las herramientas disponibles” para responder a las prácticas comerciales desleales de China. Se concluye que la hipótesis tiene un respaldo empírico y que la percepción de que China es una adversaria comercial de los Estados Unidos tiene un fuerte enraizamiento burocrático.