Entre o maior e o menor: sentidos políticos dos valores da revolução francesa na Trilogia das Cores, de Krzysztof Kieślowski
Em Questão
Entre o maior e o menor: sentidos políticos dos valores da revolução francesa na Trilogia das Cores, de Krzysztof Kieślowski
Autor Correspondente: João Fabrício Flores da Cunha | [email protected]
Palavras-chave: comunicação, cinema, micropolÃtica, KieÅ›lowski, trilogia das cores
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Este artigo tem como objeto de estudo a Trilogia das Cores, do diretor polonês Krzysztof KieÅ›lowski (1941-1996), composta por Azul (1993), Branco (1994) e Vermelho (1994). Realiza-se uma argumentação de caráter teórico sobre o posicionamento no campo polÃtico dos princÃpios da Revolução Francesa na Trilogia. O objetivo é compreender como os valores revolucionários são micropoliticamente trabalhados em cada um dos filmes que a compõe. Sustentado por uma ideia de "cinema menor", este artigo desconstrói as associações sugeridas pela tradução brasileira do tÃtulo dos filmes ao evidenciar como, paradoxalmente, valores como liberdade, igualdade e fraternidade são experienciados transversalmente no cotidiano dos personagens, e contradiz seu diretor ao reconhecer a indissociabilidade das estratégias molares e moleculares que fazem desta trilogia uma expressão do cinema polÃtico do fim do século XX.
Resumo Inglês:
This paper’s object of study is the Three Colors trilogy, by the Polish director Krzysztof KieÅ›lowski (1941-1996), composed by Blue (1993), White (1994) and Red (1994). We discuss theoretically the positioning of the French Revolution’s values in the political field in the trilogy. The objective is to comprehend how the revolutionary values are micropolitically worked in each one of the movies that compose it. Based in an idea of a “minor cinemaâ€, this article deconstructs the connections suggested by the Brazilian translation of the movie’s titles by showing how, paradoxically, values such as liberty, equality and brotherhood are experienced transversally in the characters’ quotidian, and contradicts its director by recognizing the inseparability of the molar and molecular strategies which make this trilogy one expression of the political cinema of the end of the 20th century.