As fronteiras podem representar distinções entre geografia, temporalidades
e identidades, dentre outras que reforçam, ao mesmo tempo, os traços do
pertencimento e da distinção. Esse estudo baseia-se nas diferentes formas de
apreender a fronteira, fundamentando-se nas distinções decorrentes do processo de
ocupação e colonização ocorrido às margens do Rio das Almas em Goiás nas décadas
de 1940 a 1950. Nossa intenção é identificar as bases teórico-metodológicas que
permitem apreender os conflitos simbólicos no processo de expansão de fronteiras,
tendo como objeto de análise as localidades da Colônia (Ceres) e Barranca (Rialma),
comunidades ribeirinhas, separadas pelo Rio das Almas que surgem nesse perÃodo e
estabelecem lutas simbólicas pela demarcação de suas fronteiras.