Encantarias Afroindígenas na Amazônia Marajoara: Narrativas, Praticas de Cura e (In)tolerâncias Religiosas

Horizonte

Endereço:
Av. Dom José Gaspar, 500 – Prédio 04,
Belo Horizonte / MG
Site: http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte
Telefone: (31) 3319-4633
ISSN: 21755841
Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

Encantarias Afroindígenas na Amazônia Marajoara: Narrativas, Praticas de Cura e (In)tolerâncias Religiosas

Ano: 2010 | Volume: 8 | Número: 17
Autores: Agenor Sarraf Pacheco
Autor Correspondente: Agenor Sarraf Pacheco | [email protected]

Palavras-chave: encantarias afroindígenas, práticas de cura, (in)tolerâncias religiosas, amazônia marajoara

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Amazônia Marajoara, no Pará, constituiu-se desde os tempos coloniais em importante
zona de contatos sócio-culturais entre índios, colonizadores e africanos. Para além dos
empréstimos, intercâmbios e sociabilidades ali estabelecidas, especialmente entre índios e
negros, originando modos de vida afroindígenas, a região tornou-se palco de contínuos
conflitos e (in)tolerâncias estabelecidos pelos poderes políticos e, especialmente, religiosos,
contra práticas, rituais, modos de acreditar e viver de grupos oriundos de matrizes orais.
Sob a orientação teórica dos Estudos Culturais Britânicos, Latino-Americanos e do
Pensamento Pós-Colonial, o artigo acompanha, por meio de narrativas históricas,
movimentos de controle e transgressão, negação e (re)afirmação constituídos entre índios,
negros, afroindígenas, elites políticas e religiosas em torno das encantarias amazônicas,
destacando especialmente percepções e posturas dos padres Agostinianos Recoletos a partir
de 1928, quando fundaram e assumiram a direção do projeto de evangelização do grande
arquipélago em tempos de expansão e disseminação de formas e modos de romanização.



Resumo Inglês:

The Marajoara Amazônia in Pará, consisted, since the colonial times, in contact zones of
social-culture exchange between Indians, settlers and Africans. Way beyond the lends,
interchanges and sociability there settled, specially between Indians and black people,
giving birth to a way of living called afroindigenas, the region became a place of
continuous conflicts and (in)tolerance established by the politic powers and, specially,
religious, against rituals, beliefs, and way of living of those groups which came from the
oral heritage. Under the theoretical orientation of the British Cultural Studies, Latin
Americans and the Pos-colonial though, this article brings, from the historical narratives,
movements of control, transgressions, negation and (re)affirmation putted between indians,
negros, afroindigenas, political and religious elites, around the amazonic “encatarias”,
highlighting the perceptions and postures of the Augustinian recoletos priests, since 1928,
the year of the foundation of the evangelization of the great archipelago in
the times of expansion and dissemination of ways and forms of romanization.