Emissão de CO2 do transporte da madeira nativa da Amazônia

Ambiente Construido

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Início Publicação: 31/05/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Engenharia civil

Emissão de CO2 do transporte da madeira nativa da Amazônia

Ano: 2011 | Volume: 11 | Número: 2
Autores: Érica Ferraz Campos, Katia Regina Garcia Punhagui, Vanderley Moacyr John
Autor Correspondente: Érica Ferraz Campos | [email protected]

Palavras-chave: madeira, carbono, energia, transporte, mudanças climáticas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A madeira aplicada à construção é considerada um estoque de carbono. O transporte na cadeia produtiva da madeira implica em emissão de CO2, reduzindo seu estoque líquido. Com base nos dados de 2007 do IBAMA sobre origem, destino e volume de madeira serrada amazônica transportada nacionalmente, a distância média percorrida foi estimada em 1.956km. Fatores de consumo de diesel entre 0,005L/t.km e 0,017L/t.km, equivalentes a fatores de emissão de 12,8gCO2/t.km a 50,6gCO2/t.km, foram identificados em literatura e levantamentos realizados neste estudo. Para quantificar a emissão de CO2, foram analisados quatro modelos de veículos, com diferentes capacidades de carga. A influência da densidade da madeira determinou uma variabilidade de até 210% no resultado final; o peso próprio do veículo, de 30 a 43%. Deslocamentos de 1.000km, com madeira serrada de diferentes densidades, representam entre 1,3 e 6,1% de redução do estoque de carbono da madeira; dados do GHG Protocol indicam valores entre 20,1% e 24,4%. Em 2007, o transporte legal de madeira serrada amazônica teria determinado consumo nacional de diesel estimado entre 0,16% e 0,56%; em termos de emissão nacional, assumindo o ano base de 2005, o resultado teria sido de 0,12% a 0,46%. O estoque líquido potencial, relativo à madeira serrada contabilizada na base DOF 2007 do IBAMA, considerando apenas a redução por transporte, teria potencialmente estocado entre 4,77 e 5,19 x106 tCO2.



Resumo Inglês:

Wood incorporated into construction is considered a carbon stock. Transportation in the wood supply chain generates CO2, which reduces its net stock. Based on IBAMA’s data from 2007 about origin, destination and volume of the Amazon sawn wood transported nationally, the average distance traveled was estimated at 1,956 km. Diesel consumption factors between 0.005 L/t.km and 0.017 L/t.km, equivalent to emission factors of 12.8gCO2/t.km to 50.6 gCO2/t.km, were identified in the literature and in surveys undertaken in this investigation. To quantify CO2 emission, four categories of freight trucks were evaluated, with different load weight capacities. Wood density influenced variability in the final results by up to 210%; the vehicle weight itself from 30% to 43%. A 1,000 km route with different sawn wood densities reduced carbon stock by 1.4% to 6.1%; GHG Protocol data resulted in values from 20.1% to 24.2%. In 2007, legal transportation of Amazon wood contributed to the Brazilian diesel consumption at an estimated 0.16% to 0.56%; the Brazilian CO2 emission based on 2005 data, is estimated at 0.12% to 0.46%. The net carbon stock of sawn wood, relative to IBAMA’s 2007 data, considering just stock reduction from transportation, would potentially result at between 4.77 and 5.19 x 106 tCO2.