Emergindo de onde e para onde? "Países emergentes" e a possibilidade de configuração de uma nova ordem mundial

Em Debate

Endereço:
Campus Universitário Bairro Trindade Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) Bloco D, sala 301 (LASTRO)
Florianópolis / SC
88040970
Site: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/issue/current
Telefone: (48) 3721- 4046
ISSN: 19803532
Editor Chefe: Fernando Ponte de Sousa
Início Publicação: 30/11/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Emergindo de onde e para onde? "Países emergentes" e a possibilidade de configuração de uma nova ordem mundial

Ano: 2012 | Volume: 1 | Número: 7
Autores: Ana Saggioro Garcia
Autor Correspondente: Ana Saggioro Garcia | [email protected]

Palavras-chave: hegemonia; imperialismo; BRICS; teoria crítica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Questionamentos sobre a perda de poder dos EUA, e a ascensão de países com economias chamadas "emergentes", em especial a China, como possíveis novos pólos de poder, e assim desafiadores da posição dominante dos EUA e Europa, se tornaram senso comum dos debates políticos e meios de comunicação no final da primeira década do século XXI. Porém, em que medida a atual ascensão de países chamados "emergentes" configurariam uma perspectiva de ordem não-hegemônica (ou mesmo contra-hegemônica)? Ou, ao contrário, em que medida estes países, e as diferentes suas forças sociais, reproduzem a lógica de acumulação capitalista, levando assim a um novo ciclo de expansão do capital global? Este breve ensaio visa problematizar a noção de mudança na ordem mundial a partir de diferentes abordagens e perspectivas político-teóricas. Buscamos contribuir ao refinamento dos instrumentos de reflexão e análise para que possamos ir além do senso comum, na tentativa de desconstrução de consensos. Esses apresentam supostas "necessidades" sobre crescimento econômico e caminhos para o "desenvolvimento" que ofuscam indagações sobre para quê e para quem crescer e se desenvolver. Afinal, de onde e para onde estamos "emergindo"? Após uma breve apresentação sobre quem são os chamados "emergentes", este ensaio discorre sobre diferentes perspectivas: aquelas que contemplam ajustes e acomodações para manutenção da ordem, aquelas que vêem mudanças e descolamentos do centro de acumulação, podendo significar uma transição do próprio capitalismo e, por fim, aquelas que analisam mudanças e configurações históricas que desembocam no aprofundamento das relações sociais (e entre Estados) capitalistas. Argumentaremos que é necessário atentar para o papel das forças sociais na construção de uma possível contra-hegemonia.