Efeito de diferentes frequências semanais de treinamento sobre parâmetros de estresse oxidativo

Revista Brasileira De Cineantropometria E Desempenho Humano

Endereço:
Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Desportos / Departamento de Educação Física Campus Universitário
/ SC
88040-900
Site: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/index
Telefone: (48) 3721-6348
ISSN: 1980-0037
Editor Chefe: Edio Luiz Petroski
Início Publicação: 30/11/1999
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Educação física

Efeito de diferentes frequências semanais de treinamento sobre parâmetros de estresse oxidativo

Ano: 2012 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: Camila Baumer Tromm, Guilherme Laurentina da Rosa, Karoliny Bom, Izadora Mariano, Bruna Pozzi, Talita Tuon, Luciano Acordi da Silva, Ricardo Aurino de Pinho
Autor Correspondente: Camila Baumer Tromm | [email protected]

Palavras-chave: Exercício físico, Estresse oxidativo, Antioxidantes.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante a contração muscular intensa induzida pelo exercício físico, há aumento
na produção de espécies reativas de oxigênio, ocasionando estresse oxidativo em diversos
órgãos, dentre eles o fígado e o coração. O treinamento físico pode aumentar as defesas
antioxidantes e diminuir o estresse oxidativo. Contudo, ainda existem dúvidas sobre a
frequência de treinamento necessária para melhorar parâmetros de estresse oxidativo.
Este trabalho tem como objetivo verificar o efeito das frequências de duas e três vezes
de exercício por semana sobre biomarcadores de estresse oxidativo no fígado e coração.
Foram utilizados 18 camundongos machos (CF1), jovens (30 a 35g) divididos em grupos
(n=6/grupo): não treinado (NT); treinado duas vezes por semana (T2) e treinado
três vezes por semana (T3). Os animais foram submetidos ao treinamento durante oito
semanas. Quarenta e oito horas após a última sessão os animais foram sacrificados. O
fígado e o coração foram removidos e armazenados em freezer – 70ºC. Foram analisadas
as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, carbonilação de proteínas, conteúdo total de
tióis, atividades da superóxido dismutase , catalase e glutationa peroxidase. Os resultados
demonstraram que apenas o grupo T3 reduziu dano oxidativo. Ademais, houve aumento
no conteúdo total de tióis, atividades da superóxido dismutase e catalase no mesmo grupo
em comparação com o não treinado. A atividade da glutationa peroxidase não apresentou
diferença significativa entre os grupos. Este estudo demonstrou que somente a frequência
de treinamento de três vezes por semana reduz dano oxidativo e aumenta a eficiência do
sistema enzimático antioxidante de camundongos.



Resumo Inglês:

Intense muscle contraction induced by physical exercise increases the production
of reactive oxygen species, which causes oxidative stress in several organs, such as the liver
and the heart. Physical training may increase antioxidative defenses and decrease oxidative
stress. However, it is not clear what training frequency improves oxidative stress parameters.
This study evaluated the effect of training two and three times a week on oxidative stress
biomarkers in the liver and the heart. Eighteen young male mice (CF1) weighing 30 to 35
g were divided into three groups (n=6): no training (NT); twice a week training (T2); and
three times a week training (T3). The training program lasted eight weeks, and the animals
were killed 48 hours after the last training session. The liver and the heart were removed
and stored at -70o C. The following analyses were conducted: thiobarbituric acid reactive
substances, protein carbonylation, total thiol content, superoxide dismutase, catalase and
glutathione peroxidase. Oxidative damage was reduced only in the T3 group, and there was
an increase in total thiol content, supeoxidase dismutase and catalase in T3 when compared
with the NT group. Glutathione peroxidase was not significantly different between groups.
Only training three times a week seemed to reduce oxidative stress and increase the efficiency
of the antioxidant system in mice.