Efeito crônico do alongamento estático realizado durante o aquecimento sobre a flexibilidade de crianças

Revista Brasileira De Cineantropometria E Desempenho Humano

Endereço:
Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Desportos / Departamento de Educação Física Campus Universitário
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ISSN: 1980-0037
Editor Chefe: Edio Luiz Petroski
Início Publicação: 30/11/1999
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Educação física

Efeito crônico do alongamento estático realizado durante o aquecimento sobre a flexibilidade de crianças

Ano: 2012 | Volume: 14 | Número: 3
Autores: Diogo Henrique Constantino Coledam, Gustavo Aires de Arruda, Arli Ramos de Oliveira
Autor Correspondente: Diogo Henrique Constantino Coledam | [email protected]

Palavras-chave: Aptidão física, Escolares, Exercício físico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo desse estudo foi verificar o efeito crônico do alongamento estático
realizado durante o aquecimento sobre a flexibilidade de crianças. Participaram do estudo
29 meninos 8,58 (0,63) anos, 1,27 (0,07) m e 28,94 (6,03) kg e 29 meninas 8,60 (0,92) anos,
1,31 (0,09) m e 31,30 (8,56) kg que foram divididos em quatro grupos: Grupo Controle
Masculino (GCM) n=15, Grupo Intervenção Masculino (GIM) n=14, Grupo Controle
Feminino (GCF) n= 15 e Grupo Intervenção Feminino (GIF) n=14. O GIF e GIM foram
submetidos a um programa de atividade com duração de 16 semanas que consistiu na
realização de aquecimento por meio de seis exercícios de alongamento durante as aulas
de Educação Física escolar. A flexibilidade foi avaliada pelo Teste de “Sentar-e-Alcançar”,
realizado anteriormente às 16 semanas do programa de intervenção e após o seu término.
ANOVA Fatorial com medidas repetidas foi utilizada tendo com variáveis independentes
o grupo, sexo e momento, seguido do teste Post-Hoc de Tukey. O GIM 24,89 (5,01) vs
29,07 (4,51) cm e GIF 27,25 (4,43) vs 32,14 (3,24) cm aumentaram significativamente o
desempenho no Teste de “Sentar-e-Alcançar” após 16 semanas de intervenção utilizando
aquecimento por meio de alongamento (P<0,0001). Nos grupos GCM 24,17 (5,14) vs 23,87
(4,35) cm e GCF 28,60 (6,07) vs 28,97 (6,38) cm não foram verificadas alterações significativas
(P>0,05). Além disso, os resultados apresentaram interação significativa para os
fatores grupo x tempo (F=1,54, P<0,0001). É possível aumentar a flexibilidade de crianças
por meio de exercícios de alongamento utilizados durante o aquecimento em crianças.



Resumo Inglês:

The purpose of this study was to assess the chronic effect of static stretching
performed during warm-up on flexibility in children. The study sample comprised 29 boys
(mean age 8.58±0.63 years, height 1.27±0.07 m, weight 28.94±6.03 kg) and 29 girls (mean
age 8.60±0.92 years, height 1.31±0.09 m, weight 31.30±8.56 kg). Participants were allocated
into four groups: male control group (MCG, n=15); male intervention group (MIG,
n=14); female control group (FCG, n=15); and female intervention group (FIG, n=14). The
FIG and MIG took part in a 16-week intervention program that consisted of six stretching
exercises performed during the warm-up period of physical education classes. Flexibility
was assessed by the sit-and-reach test, which was performed at baseline and after 16 weeks
of the intervention program. Factorial ANOVA for repeated measures was used with group,
sex, and point in time (pre- or post-intervention) as the independent variables, followed by
Tukey’s post-hoc test. Sit-and-reach test performance improved significantly in both intervention
groups (MIG, 24.89±5.01 cm at baseline vs. 29.07±4.51 cm post-intervention; FIG,
27.25±4.43 cm at baseline vs. 32.14±3.24 cm post-intervention; P<0.0001). There were no
significant changes in either control group (MCG, 24.17±5.14 cm at baseline vs. 23,87±4,35
cm post-intervention; FCG, 28,60±6,07 cm at baseline vs. 28,97±6,38 cm post-intervention;
P>0.05). Furthermore, the results revealed a significant group × time interaction (F=1.54,
P<0.0001). The performance of stretching exercises during warm-up can increase flexibility
in children.