Educação ambiental e os saberes tradicionais: sinais de resistência no Candomblé do Povo Bantu

Revista SCIAS. Direitos Humanos e Educação

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ISSN: 2596-1772
Editor Chefe: Aline Choucair Vaz
Início Publicação: 17/12/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Educação ambiental e os saberes tradicionais: sinais de resistência no Candomblé do Povo Bantu

Ano: 2022 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Rodolfo de Oliveira Silva, José Eustáquio de Brito
Autor Correspondente: Rodolfo de Oliveira Silva | [email protected]

Palavras-chave: saberes tradicionais, educação ambiental, candomblé do povo bantu, resistência, educação para as relações etnico-raciais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente estudo tem como intuito compreender o diálogo entre os Saberes Tradicionais do Candomblé do Povo Bantu –cosmologia que cultua as energias da natureza denominadas Mukixi(plural de Nkisi) –e a Educação Ambiental (EA), já que com a contínua desvalorização desses saberes pertencentes a estes povos e comunidades tradicionais ocasiona práticas de violências epistêmicas e raciais. Essas relações desiguais de poder, iniciadas desde o Brasil Colônia, persistem até os dias atuais, reverberando nas formas de educação produzidas ou reproduzidas, por exemplo, nas instituições escolares. Partindo da possibilidade do ato de educar em uma perspectiva etnoecológica e para as relações étnico-raciais, esse artigo, como pesquisa bibliográfica, se volta para a reflexão sobre os potenciais dos Saberes Tradicionais do Candomblé do povoBantu para o ensino da Educação Ambiental Crítica que seja, também, antirracista, libertadora e democrática.



Resumo Inglês:

The present study aims to understand the dialogue between the Traditional Knowledge of Candombléof the Bantu People -cosmology that worships the energies of nature called Mukixi (plural of Nkisi) -and Environmental Education (EE), since with the continuous devaluation of this knowledge belonging to these traditional peoples and communities causes practices of epistemic and racial violence. These unequal power relations, which began in Colonial Brazil, persist to the present day, reverberating in the forms of education produced or reproduced, for example, in school institutions. Starting from the possibility of the act of educating in an ethnoecological perspective and for the ethnic-racial relations, this article, as a bibliographic research, turns to the reflection on the potential of the Traditional Knowledge of Candomblé of the Bantu people for the teaching of Critical Environmental Education that be also anti-racist, liberating and democratic.