Drummond: poesia corporal e irônica

Revista Sísifo

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ISSN: 2359-3121
Editor Chefe: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius
Início Publicação: 31/12/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Drummond: poesia corporal e irônica

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 3
Autores: C. Perius
Autor Correspondente: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius | [email protected]

Palavras-chave: Literatura, Metáfora, Drummond, O olhar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A metáfora é a produção de imagens que produz conhecimento através do trabalho da semelhança. Este tipo de acontecimento, estético por natureza, faz parte das obras de arte que exploram a ironia do reconhecimento. Tal operação, como um fenômeno de espelho, tem a virtude de produzir a imagem do mundo que vemos e em que nos vemos, porque nela compreendemos e nela estamos compreendidos. O olho olha. Truísmo e paradoxo, pois o olhar que pousa nas coisas não poderia permanecer. Pousar os olhos sobre as coisas significa, ao mesmo tempo, deixar de ver. Manter a imagem ad infinitum é uma possibilidade da câmera. Tal mecanismo ou modo de fixar imagens não serve para os olhos. O olhar percorre o que é visível procurando significações, varre o mundo com a pretensão de descobrimento, alcança as coisas a distância, sem possessão. A experiência do olhar significa a percepção de imagens sob a opacidade do sensível. Nele estão as “retinas fatigadas” do poema “No meio do caminho”, isto é, visão em carne e osso, não em pensamento.