Dor que Fala, Dor que Cala: Sentidos da Dor Para Usuários da Atenção Primária

Revista Psicologia e Saúde Gpec

Endereço:
Avenida Tamandaré - 6000 - Bairro Seminário
Campo Grande / MS
79117-900
Site: http://www.gpec.ucdb.br/pssa/index.php/pssa/index
Telefone: (67) 3312-3608
ISSN: 2177-093X
Editor Chefe: Rodrigo Lopes Miranda
Início Publicação: 01/07/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Dor que Fala, Dor que Cala: Sentidos da Dor Para Usuários da Atenção Primária

Ano: 2021 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: J. E. Santos; R. C. Souza
Autor Correspondente: J. E. Santos | [email protected]

Palavras-chave: dor, atenção primária à saúde, sofrimento humano

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Resumo

Introdução: A dor pode ter origem cognitiva, fisiológica, comportamental, bem como pode estar associada a fatores culturais e educacionais na percepção da dor. Objetivo: Compreender os sentidos atribuídos à dor por pacientes da atenção primária à saúde. Método: Estudo qualitativo. Foram recrutados 20 pacientes com idade entre 30 e 65 anos que se queixavam de dor. Realizamos entrevistas individuais usando questões norteadoras. A análise foi realizada por meio do mapa de associação de ideias. Resultados e discussão: As categorias identificadas foram: dor como experiência singular e recursos para alívio da dor. Os participantes revelaram nas narrativas: as mulheres falam da dor de forma indiferenciada, difusa e inominável; já nos homens a dor é palpável, mensurável e objetiva. Os recursos utilizados pelas mulheres para aliviar a dor são os psicofármacos e os homens utilizam o autocontrole da vida cotidiana. Conclusão: É importante que os profissionais sejam mais sensíveis às pessoas e aos significados que elas atribuem à sua dor e às suas reais necessidades. Todavia, vale ressaltar que, em uma situação em que a mente não aceita a dor e conflitos, para ambos os sexos, o corpo responderá de forma e sentidos implacáveis explicitados na fala ou no silêncio.



Resumo Inglês:

Abstract

Introduction: Pain may be of cognitive, physiological, or behavioral origin, and it may be associated with cultural and educational factors in pain perception. Objective: To understand the meanings attributed to pain by patients of primary health care. Methods: Qualitative research. Twenty patients aged between 30 and 65 who complained of pain were recruited. We have conducted individual interviews using guiding questions. The analysis was carried out through an idea association map. Results and discussion: We identified the following categories: pain as a personal experience and approaches for pain relief. The participants revealed in the narratives that women address pain in an undifferentiated, diffuse, and nameless way; in men, pain is palpable, measurable, and objective. The procedures used by women to relieve pain are psycho-pharmaceuticals, and men use the self-control of everyday life. Conclusion: Professionals must be more sensitive to people and the meanings they associate with their pain and their real needs. However, it is worth pointing out that, in a situation where the mind does not accept pain and conflicts, for both sexes, the body will respond in relentless ways and senses expressed by speech or by silence.



Resumo Espanhol:

Resumen

Introducción: El dolor puede tener un origen cognitiva, fisiológica, conductual, así como puede estar asociado con factores culturales y educacionales en la percepción del dolor. Objetivo: comprender los significados atribuidos al dolor por los pacientes de atención primaria de salud. Método: Estudio cualitativo. Se reclutaron 20 pacientes con edad entre 30 y 65 años que se quejaban de dolor. Realizamos entrevistas individuales, utilizando preguntas orientadoras. El análisis sucedió utilizando el mapa de asociación de ideas. Resultados y discusión: las categorías identificadas fueran: el dolor como una experiencia única y recursos para el alivio del dolor. Los participantes revelaron en las narrativas: las mujeres hablan del dolor de una manera indiferenciada, difusa e inmencionable; mientras que en los hombres el dolor es palpable, medible y objetivo. Los recursos que las mujeres usan para aliviar el dolor son las drogas psicotrópicas, ya los hombres usan el autocontrol de la vida diaria. Conclusión: Es importante que los profesionales sean más sensibles a las personas y los significados que atribuyen a su dolor y sus necesidades reales. Sin embargo, es digno de mención que, en una situación en la que la mente no acepta el dolor y conflictos, para ambos sexos, el cuerpo responderá de manera implacable y los sentidos se harán explícitos en el habla o el silencio.