Dona Zita: Amazônida que “puxa” e cura dores e males do corpo
Das Amazônias
Dona Zita: Amazônida que “puxa” e cura dores e males do corpo
Autor Correspondente: E. B. Sarmento | [email protected]
Palavras-chave: dona zita, saberes de cura, amazônia
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Resumo Português:
O presente artigo tem o objetivo de refletir a respeito dos saberes de cura por puxação exercidos por uma amazônida residente na comunidade ribeirinha Jacarequara, localizada na zona rural do município de Barcarena – PA. Conhecida carinhosamente por todos de sua comunidade como Dona Zita, ou Tia Zita, esta amazônida exerce um importante ofício em seu espaço de convivência: os saberes de cura por puxação, algo que segundo ela, já nasceu com as práticas de cura. Entre os saberes mais relevantes exercidos por Dona Zita destacam-se sua capacidade de puxar rasgaduras (luxações do corpo) e desmentiduras (deslocação de osso) decorrentes de diferentes causas. Os saberes exercidos por Dona Zita nos possibilitaram refletir nesse artigo sobre a importância dessas práticas em comunidades amazônidas onde o acesso aos postos de saúde torna-se escasso em caso de emergência. Para a construção desse artigo, foi necessário estabelecer diálogos no campo da Antropologia Social fundamentado em trabalho dos autores Natália Costa (2017) e Florêncio Vaz Filho (2016). Na relação do percurso da metodologia utilizada no artigo, nos pautamos nos instrumentos da História Oral, utilizando as perspectivas de Hampaté Bá (2010) e Queiroz (1988).
Resumo Inglês:
This article aims to reflect on the knowledge of healing by “puxação” doneby an Amazonian woman residing in the riverside community of Jacarequara, located in the rural area of the city of Barcarena –PA, Brazil. Affectionately known by everyone in her community as Dona Zita, or Tia Zita, this Amazon woman exercises an important role in her living space: the knowledge of healing by “puxação”, something that, according to her, was born with healing practices. Among the most relevant knowledgeexercised by Dona Zita, it can be highlighted her ability to work with body and bone dislocations resulting from different causes. The knowledge exercised by Dona Zita allowed us to reflect in this article on the importance of these practices in Amazonia communities where access to medical services becomes scarce in case of emergency. To construct this article, it was necessary to establish dialogues in the field of Social Anthropology based on the works of authors Natália Costa (2017) and Florêncio Vaz Filho (2016). In the relation to the trajectory of the methodology used in the article, we were guided by Oral History instruments, using the perspectives of Hampaté Bá (2010) and Queiroz (1988).
