Don’t go with the flow ou pelo direito de ser infeliz: o contra-flow queer como recurso afetivo em jogos digitais

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

Don’t go with the flow ou pelo direito de ser infeliz: o contra-flow queer como recurso afetivo em jogos digitais

Ano: 2024 | Volume: 0 | Número: 56
Autores: Lucas Goulart, Henrique Caetano Nardi, Adriana da Rosa Amaral
Autor Correspondente: Lucas Goulart | [email protected]

Palavras-chave: jogos digitais, gênero, sexualidade, flow, análise de jogos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como objetivo realizar uma crítica aos usos do chamado flow presente no game design. Composto como uma importante teoria responsável por definir o que é um bom jogo, o flow foi uma ferramenta desenvolvida para possibilitar uma experiência otimizante e produtora de felicidade. Contudo, essa experiência apresenta substratos ideológicos que acabam por colocá-la como uma ferramenta de continuidade do sistema vigente, que deve permanecer acrítica. Utilizando-se de mecânicas originalmente compostas para o flow e da crença de jogadores/as nesse contexto, cenas avant gard queer estadunidenses compõem o contra-flow: uma proposta de perturbação da diversão escapista apresentada pelo flow mainstream, utilizando-se de posições subjetivas históricas das comunidades LGBTQ e feministas para criar sentimentos de angústia, frustração e tristeza. Essas produções revelam-se como uma proposição crítica do flow, demonstrando suas relações ideológicas e políticas.