Do problema do essencialismo a outra maneira de se fazer política: retomando o potencial transformador das políticas de diferença

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Depto. de Ciências Sociais/Centro de Letras e Ciências Humanas Universidade Estadual de Londrina - Campus Universitário
Londrina / PR
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Telefone: (43) 3371-4456
ISSN: 2176-6665
Editor Chefe: Raquel Kritsch
Início Publicação: 01/01/2001
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Sociologia

Do problema do essencialismo a outra maneira de se fazer política: retomando o potencial transformador das políticas de diferença

Ano: 2010 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: Léa Tosold
Autor Correspondente: Léa Tosold | [email protected]

Palavras-chave: Políticas de diferença, Essencialismo, Desigualdades de gênero, Iris Marion Young, Anne Phillips

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo visa retomar e fazer uma avaliação crítica do debate sobre as políticas de diferença travado entre teóricas políticas feministas de tradição liberal. Após explicitar as estratégias apontadas nesse debate para tentar legitimar a politização de sujeitos coletivos em face do problema do essencialismo, argumenta-se que o excessivo foco na relação entre essencialismo e conceitualização de grupos sociais ofuscou o vínculo do projeto de politização de diferenças com o questionamento do próprio fazer político. Assim, sob a perspectiva de que a politização de diferenças está transformando – e não inviabilizando – o funcionamento da comunidade política e a possibilidade de efetiva justiça social, avalia-se como os projetos políticos de Anne Phillips e Iris Marion Young evidenciam novos caminhos para reconfigurar a esfera política de uma maneira transformadora das desigualdades estruturais.



Resumo Inglês:

This article aims at resuming and critically scrutinizing the debate on the politics of difference taken among liberal feminist political theorists. Firstly, I shall provide an overview of theoretical attempts to legitimate the politicization of collective-based subjects taking into account the problem of essentialism. Then I will argue that an exclusive focus on the relationship between essentialism and the conceptualization of collective-based subjects tends to overshadow the relationship between the politicization of differences and a new way of doing politics. I will defend the view that the politicization of differences is transforming rather than undermining the functioning of the polity and the possibility of real social justice. I shall evaluate the works of Anne Phillips and Iris Marion Young as offering new ways of reshaping the political sphere in order to enable proper institutional action against structural inequalities.