Do hospício ao centro de atenção psicossocial em Alagoinhas/Bahia: um estudo das representações sociais e familiares

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ISSN: 24479047
Editor Chefe: José Euclimar Xavier de Menezes
Início Publicação: 30/06/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Do hospício ao centro de atenção psicossocial em Alagoinhas/Bahia: um estudo das representações sociais e familiares

Ano: 2015 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Moacir Lira de Oliveira, José E. X. Menezes
Autor Correspondente: José Euclimar Xavier de Menezes (Editor) | [email protected]

Palavras-chave: Família, Cuidado, Reforma Psiquiátrica, RepresentaçõesSociais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A presente pesquisa faz uma análise das representações da reorientação do modelo assistencial no âmbito de um Centro de Atenção Psicossocial, sob a ótica dos familiares. O problema é pautado da seguinte forma: Como familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial, egressos de internação psiquiátrica, representam a reorientação do modelo assistencial de tratamento em saúde mental? O trabalho tem como referência a Teoria das Representações Sociais entendida como um quadro conceitual que permite compreender as ferramentas que instrumentalizam a comunicação a partir dos saberes e crenças do imaginário social, possibilitando uma análise sobre o processo de construção dos significados dos modelos asilar e psicossocial apresentados pelas famílias. Assim, o presente estudo objetiva compreender as representações sociais dos familiares de pacientes egressos de internações psiquiátricas, que frequentam o CAPS, sobre o processo de reorientação do modelo assistencial em saúde mental no município de Alagoinhas-Bahia. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, de caráter descritivo-exploratório, a partir de uma combinação de estratégias metodológicas, utilizando pesquisa documental por meio da consulta aos arquivos de prontuários de usuários desse CAPS III, com histórico de internações no antigo Anexo Psiquiátrico naquele mesmo município, bem como entrevista não estruturada com sete familiares que acompanham esses usuários desde a época das internações, no sentido de compreender os significados que eles atribuem ao processo de reorientação do modelo assistencial. Os resultados apontam que os participantes reconhecem o modelo psicossocial como facilitador do acesso das famílias dos pacientes, além de ser promotor de cidadania e garantir o direito por um cuidado integral e humanizado, contrapondo-se ao modelo asilar/manicomial.



Resumo Inglês:

This research makes an analysis of representations of the reorientation of the assistencial model in a Psychosocial Attention Center (CAPS), from the perspective of family members. The problem is marked as follows: How relatives of users of a Psychosocial Attention Center, graduates of psychiatric hospitalization, represent the reorientation of care model of mental health treatment? The work has as reference the Theory of Social Representations as a conceptual framework that allows to understand the tools that operacionalize the communication from knowledge and beliefs of the social imaginary, enabling an analysis on the process of construction of the meanings of the asylum and psychosocial models presented by the families. Thus, the present study aims to understand the social representations of the relatives of patients of psychiatric hospitalizations, graduates who attend the CAPS, on the process of reorientation of mental health assistence model of the municipality of Alagoinhas, Bahia. This is a qualitative study, descriptive-exploratory character, from a combination of methodological strategies, using documentary research by consulting the files of user records of that CAPS III, with a history of Psychiatric hospitalizations in the old Annex from same municipality, as well as unstructured interview with seven family members accompanying such users since the days of hospitalization, in order to understand the meanings they attach to the process of reorientation of care model. The results indicate that participants recognize the psychosocial model as a facilitator of access for families of patients, in addition to be a promoter of citizenship and to guarantee the right for full care and humanized, opposed to the asilar/manicomial model.