Disruptores endócrinos: contaminação alimentar e consequências para a saúde humana

Revista Brasileira De Nutrição Funcional

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ISSN: 21764522
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Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Nutrição

Disruptores endócrinos: contaminação alimentar e consequências para a saúde humana

Ano: 2012 | Volume: 19 | Número: 54
Autores: K. L. Longo
Autor Correspondente: K. L. Longo | [email protected]

Palavras-chave: alimentação, disruptores endócrinos, xenoestrógenos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A atividade estrogênica de substâncias químicas presentes no ambiente, denominadas disruptores endócrinos
(DE), vem sendo descrita na literatura há mais de 25 anos. Estas substâncias estão difundidas nas cadeias alimentares
e no ambiente como resíduos ou subprodutos derivados de usos agrícolas e industriais. Alguns DEs podem estar
presentes em carne, peixe, ovos, derivados do leite, frutas, vegetais e na água potável. Metais tóxicos, subprodutos
industriais presentes em embalagens de alimentos ou utensílios de armazenamento, como é o caso do bisfenol A,
e substâncias derivadas de plantas, como os fitoestrógenos, também podem ser considerados DEs. Estudos atuais
têm associado a exposição a disruptores endócrinos com problemas de saúde, tais como aumento de certos tipos de
cânceres de mama e/ou do trato reprodutivo, redução da fertilidade masculina, anormalidades no desenvolvimento
sexual, obesidade, entre outros. A rapidez com que essas alterações têm sido verificadas fortalece a hipótese que
atribui a origem desses problemas à exposição ambiental, em detrimento daquela que atribui, aos mesmos, causas
genéticas. A detecção dos contaminantes mais frequentemente em contato com alimentos, bebidas e seus veículos,
os mecanismos de ação, a reversibilidade dos efeitos e a relação causal entre exposição em baixa dose e doenças
são tópicos essenciais a serem mais explorados. Além disso, os órgãos responsáveis pela liberação da utilização de
novos agentes químicos e produtos industrializados devem procurar verificar não apenas os efeitos cancerígenos e
teratogênicos, mas também a interferência no sistema endócrino-metabólico dos indivíduos e da população.



Resumo Inglês:

The estrogenic activity of chemicals in the environment, called endocrine disruptors (EDs), has been described
for over 25 years. These are widespread in food chains and the environment as waste or by-products derived from
agricultural and industrial uses. Some EDs are present in meat, fish, eggs, milk dairyproducts, fruits, vegetables
and drinking water. Toxic metals, industrial by-products present in food packaging or storage utensils storage,
such as bisphenol A, and herbal substances, such as phytoestrogens, including isoflavones, can also be considered
EDs. Recent studies have associated exposure to all these with health problems such as increases in certain types
of breast and/or reproductive tract cancer, reduced male fertility, abnormal sexual development, obesity, among
others. The rapidity with which these changes have been verified observed reinforces the hypothesis that imputes
attributes the origin of these problems to environmental exposure over that which attachesrather than genetic causes
to them. The detection of the contaminants most frequently in contact with foods, drinks, and their vehicles, their
mechanisms of action, the reversibility of their effects, and the causal relationship between exposure and disease at
low doses are essential topics to be further explored further. Moreover, the organs agencies responsible for releasing
approving the use of new chemicals and industrial products should verify assess not only their carcinogenic and
teratogenic effects, but also the interference with endocrine and metabolic systems of individuals and populations.