Direitos reprodutivos na Polônia: o medo dos políticos frente à arrogância da igreja

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ISSN: 2176-0985
Editor Chefe: Sandra Duarte de Souza
Início Publicação: 01/02/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia

Direitos reprodutivos na Polônia: o medo dos políticos frente à arrogância da igreja

Ano: 2019 | Volume: 25 | Número: 1
Autores: J. Heinen, S. Portet
Autor Correspondente: J. Heinen | [email protected]

Palavras-chave: Polônia, Igreja Católica, direitos das mulheres, políticas reprodutivas, contracepção, aborto, valores morais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Igreja Católica polonesa alcançou o seu prestígio graças ao papel desempenhado na resistência contra a ocupação estrangeira, no século XIX, e depois durante o regime comunista. Ora, a sua influência cresceu consideravelmente graças à Concordata firmada com o Estado pós-comunista e aos vínculos formais ou informais estabelecidos com os partidos políticos. Como ilustrado pela lei sobre a proibição total do aborto adotada em 1993, o catolicismo constitui de facto a religião do Estado neste país formalmente laico. Apesar do recuo dos princípios religiosos em matéria de sexualidade e procriação, a maior parte dos políticos evita criticar a Igreja sobre esses assuntos controversos. Por isso, as feministas encontram sérias dificuldades na defesa dos direitos das mulheres – e a adesão à União Europeia não mudou quase nada neste campo.



Resumo Francês:

L’Église catholique polonaise tire son prestige du rôle qu’elle a joué dans la résistance à l’occupation étrangère, au XIXe siècle, puis sous le régime communiste. Or son influence s’est considérablement accrue grâce au Concordat signé avec l’État postcommuniste et grâce aux liens formels ou informels tissés avec les partis politiques. Comme l’illustre la loi sur l’interdiction totale de l’avortement adoptée en 1993, le catholicisme constitue de facto la religion d’État dans ce pays formellement laïque. Malgré le recul des principes religieux en matière de sexualité et de procréation, la plupart des politiciens évitent de critiquer l’Église sur ces sujets controversés. Aussi les féministes rencontrent-elles de sérieuses difficultés à défendre les droits des femmes — et l’adhésion à l’Union européenne n’a quasiment rien modifié dans ce domaine.