DIREITO LINGUÍSTICO É UM DIREITO HUMANO

Edição de Julho (2023)

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ISSN: 2596-3309
Editor Chefe: Profª Dra. Adriana Alves Farias
Início Publicação: 31/07/2023
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

DIREITO LINGUÍSTICO É UM DIREITO HUMANO

Ano: 2023 | Volume: 5 | Número: 7
Autores: CAROLINA LOBRIGATO
Autor Correspondente: CAROLINA LOBRIGATO | [email protected]

Palavras-chave: Direito Linguístico; Direito Humano; Variação Linguística.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho apresenta um projeto iniciado nas aulas de Língua Portuguesa da EMEF Altino 
Arantes, localizada no bairro da Vila Industrial, em São Paulo, intitulado “Como é que a gente fala?”. 
O projeto foi desenvolvido com o intuito de propor reflexões aos estudantes em relação ao seu direito 
linguístico, valorizando não apenas a variedade linguística que o aluno tem como conhecimento 
prévio, mas também os traços históricos, ideológicos, culturais e econômicos. Fomentando o respeito 
aos valores essenciais que compreendem a essência identitária do estudante. O projeto teve como 
finalidade conscientizar os estudantes de como o preconceito linguístico pode ser uma das formas 
mais cruéis de intolerância e exclusão social. Para tanto, foi utilizado um ODA - Objeto Digital de 
Aprendizagem desenvolvido em parceria com o Museu de Língua Portuguesa, proporcionando que 
os alunos visitassem o Museu, favorecendo o direito ao acesso a espaços culturais do território. 
O trabalho culminou na produção e socialização de vídeos em que os estudantes - protagonistas 
- puderam ilustrar a maneira que falam, associando a língua à identidade,  valorizando diversos 
falares. Também  foram realizadas exposições artísticas nas paredes da escola e nas redes sociais 
de charge e lambe-lambe em prol do combate ao preconceito linguístico. Esse movimento incentivou 
um estudante a apresentar um Projeto de Lei no Parlamento Jovem Paulistano propondo que 
projetos como esse, sejam instituídos em todas as escolas da rede municipal de São Paulo e, por 
fim, mobilizando toda a comunidade escolar a iluminar e valorizar os diversos falares: do skatista 
pernambucano, do mecânico do interior, da merendeira gaúcha, do funkeiro, do poeta, da engenheira, 
da professora, dos “crias”.