Em 1719, o romance de Daniel Defoe, Vida e Aventuras de Robinson
Crusoe, teve inúmeras edições e se transformou em grande sucesso editorial. Com
o passar do tempo, as edições foram sendo modificadas, assim como as construções
imagéticas dos personagens principais, Robinson Crusoe e Sexta-feira. Este artigo
pretende colocar em debate tais interpretações, considerando que a narrativa de
Defoe e suas incontáveis apropriações evocam uma relação naturalizada entre
colonizador e colonizado.