Durante a década de 1990, diante da crise do Estado nacional, da abertura econômica e da inserção do PaÃs na mundialização do capital, os governos subnacionais no Brasil passaram a ser crescentemente pressionados pelas burguesias de seus respectivos territórios para a definição de “estratégias competitivasâ€, visando criar condições mais favoráveis de competitividade tanto para o capital já localmente localizado quanto para os capitais internacionais que investiram no PaÃs durante aquela década. Assim, os “espaços subnacionais†ganharam importância enquanto espaços de lutas, em especial para as forças representativas do capital. O presente artigo analisa, tomando-se como referência empÃrica a atuação polÃtica da FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), como o interesse em tornar o território gaúcho competitivo na atração de capitais impulsionou a burguesia industrial a uma ampla mobilização polÃtica em defesa de um projeto de adaptação subordinada do espaço subnacional à lógica da mundialização do capital.
During the 1990s, before the States nation crisis, economic openness and integration into the globalization of capital in the country, subnational governments in Brazil have increasingly pressured by the bourgeoisie of their respective territories for the definition of "competitive strategies", to create more favorable conditions of competitiveness for the capital already located locally and to international capital invested in the country during that decade. Thus, the "subnational spaces" gained importance as sites of struggle, especially for the forces representing the capital. In Rio Grande do Sul, the interest in making the country competitive in attracting gaucho capital boosted the industrial bourgeoisie to a broad political mobilization in defense of an adaptation project subject to the logic of the sub-space of globalization of capital.