Dependência, contrarreforma e violência agrária na América Latina: o conflito no campo brasileiro em perspectiva (2000-2020)
Cadernos do CEOM
Dependência, contrarreforma e violência agrária na América Latina: o conflito no campo brasileiro em perspectiva (2000-2020)
Autor Correspondente: Émerson Neves da Silva | [email protected]
Palavras-chave: conflito agrário, violência social, contrarreformismo
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
A América Latina, no século XXI, configura-se em um território que protagoniza a ascensão de governos progressistas, caracterizados pelo estabelecimento de políticas reformistas nas áreas sociais e econômicas, como, por exemplo, a ampliação do mercado consumidor interno e o controle dos recursos naturais nacionais para o desenvolvimento de políticas públicas, atenuando a relação histórica de dependência da região. A partir desse processo histórico, o presente trabalho analisa a reação das classes dominantes regionais e do capital globalizado, denominada de movimento contrarreformista, responsável pela promoção de governos conservadores e neoliberais. A experiência brasileira é abordada enquanto estudo de caso do contrarreformismo na América Latina, destacando o aumento da violência no campo em virtude da intensificação dos conflitos agrários. A teoria marxista da dependência é a abordagem teórica utilizada para a compreensão da gestação do contrarreformismo e do neoliberalismo, bem como o recrudescimento da luta social, sobretudo no campo brasileiro.
Resumo Inglês:
Latin America, in the 21st century, is a territory that stars in the rise of progressive governments, characterized by the establishment of reformist policies in social and economic areas, such as, for example, the expansion of the internal consumer market and the control of resources national natural resources for the development of public policies, attenuating the historical relationship of dependence in the region. Based on this historical process, this paper analyzes the reaction of the regional ruling classes and globalized capital, called the counter-reformist movement, responsible for promoting conservative and neoliberal governments. The Brazilian experience is approached as a case study of counter-reformism in Latin America, highlighting the increase in rural violence due to the intensification of agrarian conflicts. The Marxist theory of dependency is the theoretical approach used to understand the gestation of counter-reformism and neoliberalism, as well as the resurgence of social struggle, especially in the Brazilian countryside..
