Democracia e desigualdade: as contribuições da teoria do reconhecimento

Revista Brasileira De Ciência Política

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ISSN: 1033352
Editor Chefe: Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

Democracia e desigualdade: as contribuições da teoria do reconhecimento

Ano: 2012 | Volume: 0 | Número: 9
Autores: Ricardo Fabrino Mendonça
Autor Correspondente: Ricardo Fabrino Mendonça | [email protected]

Palavras-chave: reconhecimento; democracia; desigualdades; Honneth; Dewey

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo busca discutir as contribuições conceituais que surgem do diálogo entre a teoria do reconhecimento e a ideia de democracia, a fim de explorar o problema das desigualdades. O texto começa com uma apresentação da teoria do reconhecimento de Axel Honneth. Em seguida, desenvolvem-se algumas das principais ideias de Dewey, de modo a evidenciar as consequências delas sobre a teoria de Honneth. Desse frutífero diálogo, nasce uma abordagem democrática da justiça que tem, pelo menos, cinco pontos fortes: (1) adota uma concepção não institucional de política; (2) parte da constatação da opressão; (3) ultrapassa a dualidade entre público e privado; (4) opera com uma visão não homogeneizadora de igualdade; e (5) quebra a cristalizada dicotomia entre indivíduo e comunidade, que alimenta a suposta oposição entre liberalismo e comunitarismo.



Resumo Inglês:

This article seeks to discuss the conceptual contributions that emerge from the dialogue between the theory of recognition and the idea of democracy, in order to explore the problem of inequalities. The article starts with a presentation of Axel Honneth’s theory of recognition. Next, it develops some of the core ideas of John Dewey, showing their implications on Honneth’s theory. From this fruitful dialogue, a democratic approach to justice comes out, and the paper argues that it has five main strengths: it adopts a non-institutional concept of politics; (2) it starts with the observation of oppression; (3) it overcomes the duality between public and private; (4) it develops a non-homogenizing notion of equality; and (5) it breaks the crystallized dichotomy individual/community that pervades the often presumed opposition between liberalism and communitarism.