Del totalitarismo al populismo: el enemigo antiliberal en el discurso de derecha

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ISSN: 2238-0426
Editor Chefe: Francisco Horacio da Silva Frota
Início Publicação: 02/05/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política

Del totalitarismo al populismo: el enemigo antiliberal en el discurso de derecha

Ano: 2020 | Volume: 10 | Número: 24
Autores: S,Boisard
Autor Correspondente: S,Boisard | [email protected]

Palavras-chave: populismo, antipopulismo, neoliberalismo democracia, antiliberalismo mario vargas llosa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo examina o conceito de “populismo” à luz do discurso de seus oponentes neoliberais. Questiona-se o escopo heurístico do termo, que seu uso político atual vem desvalorizando, tanto nos debates leigos quanto científicos. Partindo da teoria de Quentin Skinner, propõe-se uma leitura política do conceito e postula-se que seu uso (e, portanto, o conteúdo atribuído a ele) nos ensina muito (ou mais) sobre a pessoa, o movimento ou o partido que o utilize do que acerca do partido ou da pessoa que ele designa. O discurso antipopulista é, ao mesmo tempo, uma rejeição do povo/etnos (o nacionalismo como essência do populismo), uma negação do povo/démos (o populismo como uma patologia da democracia porque estabelece a tirania da maioria contra a elite), uma acusação do povo/pléthos (a massa frágil manipulada por um líder e os intelectuais) e uma crítica à “estadolatria” dos populistas que se opõem ao liberalismo econômico em nome de um igualitarismo obsessivo. Conclui-se que o “populismo” é um “kampfbegriff” (um “conceito de combate”), como o totalitarismo já foi e pode ser entendido como uma continuação do anticomunismo da Guerra Fria.



Resumo Inglês:

This article examines the concept of ‘populism’ in the light of its neoliberal opponents’ discourse. The heuristic scope  of  the  term,  which  its  current  political  use  has  been  devaluing,  both  in  lay  and  scientific  debates,  is  put into question. Starting from Quentin Skinner’s theory, we propose a political reading of the concept and postulate that its use (and, therefore, the content assigned to it) teaches us much (or more) about the person, movement, or party using it than about the party or the person that it designates. The anti-populist discourse is  at  the  same  time  a  rejection  of  the  people/ethnos  (nationalism  as  the  essence  of  populism),  a  denial  of  the  people/démos  (populism  as  a  pathology  of  democracy  because  it  establishes  the  tyranny  of  majority  against  the  elite),  an  accusation  of  the  people/pléthos  (the  fragile  mass  manipulated  by  a  leader  and  the  intellectuals), and a critique of the ‘idolatry of State’ on the part of populists who oppose economic liberalism in the name of an obsessive egalitarianism. We conclude that ‘populism’ is a ‘kampfbegriff’ (a ‘battle concept’), as totalitarianism once was and it may be seen as a continuation of Cold War anticommunism



Resumo Espanhol:

Este  artículo  examina  el  concepto  de  “populismo”  a  la  luz  del  discurso  de  sus  oponentes  neoliberales.  Se  cuestiona  el  alcance  heurístico  del  término,  que  su  uso  político  actual  ha  ido  desvalorizando,  tanto  en  los  debates  profanos  como  en  los  científicos.  Partiendo  de  la  teoría  de Quentin Skinner, se propone una lectura política del concepto y se postula que su uso (y el contenido por ende que se le da) nos enseña tanto (o más) sobre la persona, el movimiento o el partido que lo usa que sobre el partido o la persona que designa. El discurso antipopulista es a la vez un rechazo del pueblo/etnos (el nacionalismo como esencia del populismo), una negación del pueblo/démos (el populismo como patología de la democracia porque establece la tiranía de la mayoría en contra de la élite), una acusación al pueblo/pléthos (la masa frágil manipulada por  un  líder  e  intelectuales)  y  una  crítica  a  la  “estadolatría”  de  los  populistas  opuestos  al  liberalismo económico en nombre de un igualitarismo obsesivo. Se concluye que el “populismo” es un “kampfbegriff” (un “concepto de combate”), como lo fue otrora el totalitarismo y puede entenderse como una continuación del anticomunismo de la Guerra Fría



Resumo Francês:

Cet  article  examine  le  concept  de  «  populisme  »  à  la  lumière  du  discours  de  ses  opposants  néolibéraux.  La  portée  heuristique  du  terme,  que  son  usage  politique  actuel  a  dévalué,  tant  dans  les  débats  profanes  et  scientifiques,  est  remise  en  question.  Partant  de  la  théorie  de  Quentin  Skinner,  nous  proposons  une  lecture  politique du concept et postulons que son utilisation (et, par conséquent, le contenu qui lui est attribué) nous en  apprend  beaucoup  (ou  plus)  sur  la  personne,  le  mouvement  ou  le  parti  l’utilisant  que  sur  le  partie  ou  la  personne qu’il désigne. Le discours antipopuliste est à la fois un rejet du peuple/ethnos (le nationalisme comme essence  du  populisme),  un  déni  du  peuple/démos  (le  populisme  comme  pathologie  de  la  démocratie  car  il  instaure la tyrannie de la majorité contre l’élite), une accusation du peuple/pléthos (la masse fragile manipulée par un leader et les intellectuels), et une critique de « l’idolâtrie de l’État » des populistes qui s’opposent au libéralisme économique au nom d’un égalitarisme obsessionnel. Nous concluons que le « populisme » est un « kampfbegriff » (un « concept de bataille »), comme le totalitarisme était et peut être compris comme une continuation de l’anticommunisme de la Guerre Froide.