Deficiência, educação e trabalho na 1ª Conferência Nacional de Educação (1927)

Caminhos da História

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ISSN: 2317-0875
Editor Chefe: Ester Liberato Pereira
Início Publicação: 01/01/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Deficiência, educação e trabalho na 1ª Conferência Nacional de Educação (1927)

Ano: 2021 | Volume: 26 | Número: 2
Autores: A. R. C. Pizolati
Autor Correspondente: A. R. C. Pizolati | [email protected]

Palavras-chave: Corpo, Deficiência, Inserção social, Normalização

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo desta pesquisa é examinar a questão da educação e da deficiência correlacionadas ao mundo do trabalho nos anos 1920 e seus reflexos na atualidade. Para tanto, lança-se mão teórica e metodologicamente do conceito de normalização em perspectiva ao campo da História da Educação e aos Estudos do Trabalho e Educação. Como materialidade empírica, elencou-se a I Conferência Nacional de Educação (I CNE), realizada em 1927, na cidade de Curitiba e decretos e leis nacionais contemporâneas concernentes à inserção social de deficientes ao mundo do trabalho. A eleição analítica da I CNE decorre do fato de que foi nesse evento que a educabilidade do brasileiro novecentista foi debatida pela primeira vez em âmbito nacional – consoante aos discursos biossociais pautados pelo fordismo e pela eugenia. Assim, todos os indivíduos deveriam contribuir com sua força de trabalho para o progresso econômico do país. Aqueles cuja educação não permitisse a emancipação socioeconômica via laboro, restá-los-iam a reclusão em instituições especializadas como escolas especiais, manicômios ou leprosários. O resultado dessas discursividades apontam, no presente, para uma educação em que o ingresso ao mundo do trabalho ainda permanece como sendo o principal balizador intersocial e de normalidade.



Resumo Inglês:

The aim of this research is to examine the issue of education and disability related to the world of work in the 1920s and its current reflections. For this reason, the theory and methodology of the Standardization Council increases in perspective to the field of History of Education and Studies of Labor and Education. As empirical materiality, the 1st National Conference on Education (I CNE), held in 1927, in the city of Curitiba, and national decrees and laws contemporary concerning the social insertion of the disabled into the world of work were listed. The analytical election of the I CNE stems from the fact that it was in this event that the nineteenth-century Brazilian's educability was debated for the first time at the national level - according to the biosocial discourses based on Fordism and eugenics. Therefore, all individuals should contribute their workforce to the country's economic progress. Those whose education did not allow socio-economic emancipation via labor, they would be left to seclusion in specialized institutions such as special schools, asylums or leprosariums. The result of these discursivities point, today, to an education in which entry into the world of work still remains as the main intersocial and normality marker.



Resumo Espanhol:

El objetivo de esta investigación es examinar la cuestión de la educación y la discapacidad relacionada con el mundo del trabajo en la década de 1920 y sus reflexiones actuales. Por esta razón, la teoría y la metodología del Consejo de Normalización aumenta en perspectiva al campo de la Historia de la Educación y los Estudios de Trabajo y Educación. Como material empírico, la Primera Conferencia Nacional de Educación (I CNE) se celebró en la ciudad de Curitiba, celebrada en 1927, y los decretos y leyes nacionales contemporáneo sobre la inserción social de los discapacitados en el mundo del trabajo. La opinión analítica del CNE se debe al hecho de que la educación de los brasileños del siglo XIX se debatió por primera vez en una esfera nacional, apoyando los discursos biosociales gobernados por el fordismo y en Europa. Tenga en cuenta que todas las personas deben contribuir con su fuerza laboral al progreso económico del país. Aquellos cuya educación no está permitida para la emancipación socioeconómica a través del trabajo, se quedarían recluidos en instituciones especializadas, como escuelas especiales, asilos o leprosarios. O el resultado de tales discursividades apunta, no el moderno, a una educación en la que o al ingresar al mundo del trabajo sigue siendo el principal faro inter-social y normal.