David Neves: projetos de vida e autonomia do crítico-cineasta
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David Neves: projetos de vida e autonomia do crítico-cineasta
Autor Correspondente: Pedro Plaza Pinto | [email protected]
Palavras-chave: David Neves, cinema brasileiro, cinema novo, crítica cinematográfica.
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O objetivo deste estudo é considerar a partilha do projeto ideológico do cineasta David Neves em direção à autonomização dos elementos de seu projeto estético durante uma década, até o final dos anos 1960. Conforme a separação esclarecedora entre projeto estético e ideológico proposta por João Luiz Lafetá ao estudar o modernismo dos anos 1930, o caso do David Neves demonstra-se particular em relação ao Cinema Novo. No primeiro momento, a formação do crítico-cineasta e sua estreia nas letras apontam para a emergência de paradigmas estéticos próprios ou mimetizados de figuras admiradas. No segundo momento, há o eclipse destes aspectos em favor da batalha pelo Cinema Novo. Contudo, a estreia como diretor de longasmetragens retoma a sua distinção e promove o jovem ao quadro próprio da sua intervenção. O estudo das críticas e da posição intelectual de David Neves esclarecem a sua dupla contribuição no período. O fio da meada é desenrolado através de necrológio publicado como escrito de crítica cinematográfica deste que foi efetivamente um crítico-cineasta. A abordagem seleciona segmentos da vida do realizador através do destaque de biografemas e das suas relações com o movimento Cinema Novo.
Resumo Inglês:
The objective of this study is to consider the sharing of the ideological project of the filmmaker David Neves towards the autonomization of the elements of his aesthetic project during a decade, until the end of the 1960s. According to the clarifying separation between aesthetic and ideological project proposed by João Luiz Lafetá when studing the modernism in the 1930s, the case of David Neves is particular in relation to Cinema Novo. In the first moment, the formation of the critic-filmmaker and his debut as critics point to the emergence of own aesthetic paradigms or the aesthetic paradigms of admired figures. In the second moment, there is the eclipse of these aspects in favor of the battle for Cinema Novo. However, the feature film director's debut retakes his distinction and promotes the young man to the very frame of his intervention. The study of the criticism and the intellectual position of David Neves clarify his double contribution in the period. The thread of the skein is unrolled through necrology published as film critic of this who was effectively a critic-filmmaker.
