Das frestas da conquista: Corpos negros escrevendo a liberdade na saint-domingue (Haiti) do século XVIII

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ISSN: 2674-5968
Editor Chefe: Nedy Bianca Medeiros de Albuquerque
Início Publicação: 31/12/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Das frestas da conquista: Corpos negros escrevendo a liberdade na saint-domingue (Haiti) do século XVIII

Ano: 2023 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: A. S. Santos
Autor Correspondente: A. S. Santos | [email protected]

Palavras-chave: liberdade, escravidão, resistência, luta

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é um recorte/reformulação de tese de doutoramento defendida em julho de 2023 e objetiva discutir o embate linguístico operado por mulheres e homens escravizados na parte ocidental da ilha de Hispaniolaacerca dos temas da igualdade, liberdade e propriedade no século XVIII. Na linguagem da resistência à escravidão esses sujeitos reformulavam teorias, ressignificavam palavras e teciam, com seus corpos, artes para se libertar, torcendo o verbo proveniente da metrópole francesa, para organizar a primeira república negra das Américas, o Haiti. Trata-se de uma abordagem baseada em revisão bibliográfica e documental orientada pelaperspectiva teórico/crítica de autores como James (2000), Hurbon (1987), Mbembe (2018), Orlandi (2007), Trouillot (2016), Protzel (2015) e Seguy (2009). As conclusões apontam para um complexo conjunto de táticas de luta e sobrevivência organizados pelos escravizados desde o século XV, que impactaram direta ou indiretamente os circuitos políticos entre Europa e América no XVIII. A luta em torno da igualdade e da liberdade continua reverberando nas diásporas de afro-caribenhos no Brasil da atualidade.



Resumo Espanhol:

Este artículo es un extracto/reformulación de una tesis doctoral defendida en julio de 2023 y tiene como objetivo discutir el choque lingüístico operado por mujeres y hombres esclavizados en la parte occidental de la isla Hispaniola en torno a los temas deigualdad, libertad y propiedad en el siglo XVIII. En el lenguaje de la resistencia a la esclavitud, estos sujetos reformularon teorías, resignificaron palabras y tejieron con sus cuerpos artes para liberarse, torciendo el verbo proveniente de la metrópolifrancesa, para organizar la primera república negra de las Américas, Haití. Se trata de un abordaje basado en una revisión bibliográfica y documental guiada por la perspectiva teórico-crítica de autores como James (2000), Hurbon (1987), Mbembe (2018), Orlandi (2007), Trouillot (2016), Protzel (2015) y Seguy (2009). Las conclusiones apuntan a un conjunto complejo de tácticas de lucha y supervivencia organizadas por los pueblos esclavizados desde el siglo XV, que impactaron directa o indirectamente en los circuitos políticos entre Europa y América en el siglo XVIII. La lucha en torno a la igualdad y la libertad sigue repercutiendo en las diásporas de afrocaribeñas noBrasil en la actualidad.