Da história das ideias à história social das ideias: entre a renovação epistemológica e a prática historiográfica

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Telefone: (61) 3107-7548
ISSN: 2316-1191
Editor Chefe: Artur Nogueira Santos e Costa
Início Publicação: 30/11/1995
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: História

Da história das ideias à história social das ideias: entre a renovação epistemológica e a prática historiográfica

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 18

Palavras-chave: Tradições historiográficas, história das ideias, epistemologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo examina o processo de renovação epistemológica da história das ideias
considerada como abordagem especializada nos problemas ontológicos e epistêmicos das
ideias-unidade, sucedido na França e na Alemanha durante a eclosão do movimento dos
Annales a partir dos anos 1930, concomitantemente à insurgência de uma nova abordagem
metodológica adaptada ao domínio das ciências sociais, e que foi designada por seu fundador,
Karl Mannheim, de sociologia do conhecimento. Pode-se inferir que ambas as abordagens –
que eram contemporâneas entre si –, embora conservassem algumas particularidades quanto
ao método de análise e de explicação, resultaram de um duradouro movimento de crítica
epistemológica cujo escopo incidiu, sobretudo, na tradicional história das ideias praticada à
maneira de Arthur Lovejoy. Ocorre, portanto, uma mudança na base heurística da
metodologia de investigação histórica: da teoria ontológica das ideias à teoria sociológica das
ideologias, não mais perscrutando o conhecimento filosófico produzido por pensadores
isolados, mas as funções que o pensamento desempenha nos rumos da sociedade.



Resumo Inglês:

The paper examines the process of epistemological renewal of the history of ideas
considered as an approach specialized in the ontological and epistemic problems of unit-ideas,
succeeded in France and Germany during the Annales movement in the early 1930s,
concomitantly to the insurgence of a new methodological approach adapted to the Social
Sciences field, which was designated by its founder, Karl Mannheim, of sociology of
knowledge. It can be inferred that both approaches – which were contemporaneous among
each other – although had conserved some particularities regarding the method of analyses
and explanation, resulted from a lasting movement of epistemological criticism whose scope
focused, above all, the traditional history of ideas practiced into Arthur Lovejoy’s manner.
Occurs, therefore, a change in the heuristic basis of the historical investigation methodology:
from the ontological theory of ideas to the sociological theory of ideologies, no more
analyzing the philosophical knowledge produced by isolated thinkers, but the functions that
the thought plays in the ways of society.