DA GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO À NECROPOLÍTICA: PRESENTIFICAÇÃO E DISPUTAS DE SENTIDO EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS

Revista Tamoios

Endereço:
Rua Dr. Francisco Portela, 1470 - Patronato
São Gonçalo / RJ
24435-005
Site: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/tamoios/index
Telefone: (21) 3705-2227
ISSN: 1980-4490
Editor Chefe: Eduardo Karol
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

DA GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO À NECROPOLÍTICA: PRESENTIFICAÇÃO E DISPUTAS DE SENTIDO EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: Especial
Autores: E. Karol, C.A. da Silva
Autor Correspondente: E. Karol | [email protected]

Palavras-chave: COVID-19, POPULAÇÃO, GEOGRAFIA, NECROPOLÍTICA, PANDEMIA

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo tem como desafio analisar o contexto da crise do coronavírus na produção de discursos que fortalecem o pensamento da Necropolítica. A crise da COVID-19 é planetária. Começou na China e rapidamente se difundiu por mais de 180 países, devido à aceleração da circulação de pessoas na escala mundo. Assim, essa crise ganha a dimensão demográfica que merece reflexão geográfica e, sobretudo, a compreensão das narrativas que reafirmam a dimensão políticoconservadora que considera a mortalidade da população pobre e negra como positiva para a regulação da economia e superação das desigualdades sociais. Trata-se de um contexto em que a crise acelera a agudização das desigualdades e as formulações de superação de problemas ganham a dimensão de discursos genocidas e de perversidade que põem em xeque os limites da modernidade e da pauta humanista. Assim, mais uma vez a questão demográfica pode ganhar centralidade nesse debate pautado na superação das desigualdades pela negação do outro e pela destruição dos pobres. O artigo divide-se em duas seções: a primeira apresenta os dados disponíveis sobre a expansão do coronavírus e a segunda analisa a bibliografia que alimenta a necropolítica demográfica.



Resumo Inglês:

The challenge of this article is to analyze the context of the coronavirus crisis in the production of speeches that strengthen the thinking of the Necropolitics. The COVID-19 crisis is planetary. It started in China and quickly spread to more than 180 countries, due to the accelerated movement of people on a world scale. Thus, this crisis gains a demographic dimension that deserves geographical reflection and, above all, an understanding of the narratives that reaffirm the political-conservative dimension that link the mortality of the poor and black population as positive for the regulation of the economy and overcoming social inequalities. It is a context in which the crisis accelerates the aggravation of inequalities and formulations to overcome problems take on the dimension of genocidal and perversity discourses that call into question the limits of modernity and the humanist agenda. Thus, once again the demographic issue can gain centrality in this debate based on overcoming inequalities by denying the other and destroying the poor. The article is divided into two sections: the first presents the available data on the expansion of the coronavirus and the second analyzes the bibliographic review that feeds the demographic necropolitics.