Da fraternidade à comunhão: o ecumenismo do papa Francisco

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ISSN: 2595-8208
Editor Chefe: Elias Wolff
Início Publicação: 01/07/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

Da fraternidade à comunhão: o ecumenismo do papa Francisco

Ano: 2018 | Volume: 6 | Número: 8
Autores: Gabriele Cipriani
Autor Correspondente: Gabriele Cipriani | [email protected]

Palavras-chave: ecumenismo, doutrina, Evangelho, fraternidade, comunhão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Junto com um papado em crise, papa Francisco recebe a rica herança ecumênica também com o desafio de superar as incertezas da caminhada do povo cristão rumo a unidade ou a uma diversidade reconciliada. A Igreja católica, sem descuidar dos demais princípios católicos do ecumenismo, privilegiou o caminho dos diálogos teológicos, bilaterais e multilaterais, cobrindo praticamente todas as áreas que se declararam disponíveis para diálogos construtivos. Mas a teologia ecumênica produzida, os consensos alcançados, as declarações conjuntas não encontraram a recepção esperada no ensino das diversas tradições cristãs e não se tornaram a força motriz do ecumenismo que há pelo menos duas décadas perdeu o encanto do Concílio Ecumênico Vaticano II. Na volta ao Evangelho, no tema teológico existencial da fraternidade cristã e humana, Francisco encontra a alavanca para unir doutrina e práxis e impulsionar a renovação da vida eclesial no encontro aberto e acolhedor não somente dos cristãos de tradições diversas, mas de toda a humanidade. O ecumenismo da caridade, da fraternidade vivida e da amizade ocupa o primeiro lugar no caminho do povo cristão convocado a construir cotidianamente a comunhão no Espírito sem exclusões.



Resumo Inglês:

As well as inheriting a papacy in crisis, pope Francis received a rich ecumenical legacy which included the challenge of overcoming the uncertainties on the Christian people's path to unity or a diversified reconciliation. The Catholic Church, without neglecting the other Catholic principles of ecumenism, prioritised bilateral and multilateral theological dialogues, including practically all areas of declared constructive engagement. But the resulting ecumenical theology, the consensus reached and the joint declarations did not meet the expected reception in the teaching of the diverse Christian traditions and did not become a driving force for ecumenism. For at least two decades, the enchantment of the Vatican's Ecumenical Council was lost. Returning to the gospel and the existential, theological theme of Christian and human fraternity, Francis finds the key which unites doctrine and practice. Thus, he gives impetus to the renewal of ecclesial life in an open and welcoming encounter, not only of diverse Christian traditions, but of the whole of humanity. The ecumenism of charity, lived fraternity and friendship occupies first place in the life of the Christian people who are called on a daily basis to construct communion in the Spirit without exclusions.