A década perdida na educação brasileira (1985-1994): como explicar a ausência de reformas na Nova República?

Jornal De Políticas Educacionais

Endereço:
RUA GAL. CARNEIRO, 460 - Reitoria, Ed D. Pedro I, 4° andar
Curitiba / PR
80.060-150
Site: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/jpe/index
Telefone: (41) 3360-5380
ISSN: 19811969
Editor Chefe: Ângela Hidalgo
Início Publicação: 28/02/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

A década perdida na educação brasileira (1985-1994): como explicar a ausência de reformas na Nova República?

Ano: 2010 | Volume: 4 | Número: 7
Autores: Guy Burton
Autor Correspondente: Guy Burton | [email protected]

Palavras-chave: Período militar (1964-85), Nova República (1985-94), Educação, Políticas Educacionais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O sistema educacional brasileiro é visto como
tendo sofrido uma reforma substancial desde
1995, dez anos depois de o país ter retornado à
democracia. Quais foram as razões para o atraso
na reforma durante esta “década perdida” em
matéria de educação entre 1985 e 1994? Este
artigo identifica as razões, incluindo o legado
educacional deixado pelo regime militar (incluindo
os compromissos que não foram alcançados, as
distorções na alocação das despesas e da relativa
ausência de controle sobre o setor privado); a
instabilidade política do primeiro governo da
Nova República e a crescente descentralização
de suas instituições políticas; e o desenvolvimento
do setor da educação como um espaço cada vez
mais politizado de contestação entre Esquerda e
Direita, que persistem até o período da reforma
pós-1995. O artigo conclui questionando se este
ciclo de instabilidade política e contestação na
educação teria chegado a um fim com a entrada
do PT no governo em 2003.



Resumo Inglês:

Brazil’s education system is seen as having
undergone substantial reform since 1995, ten
years after the country returned to democracy.
What were the reasons for the delay in reform
during this ‘lost decade’ in education between
1985 and 1994? The paper identifies the reasons,
including the educational legacy left by the
outgoing military regime (including commitments
it was unable to achieve, distortions in its spending
allocation and the relative absence of control over
the private sector); the political instability of the
New Republic’s first governments and increasing
decentralisation of its political institutions; and
the development of the education sector as an
increasingly politicised arena of contestation
between Left and Right, which would persist
into the reform period after 1995. The paper
concludes by questioning whether this cycle of
political instability and contestation in education
has reached an end with the entry of the PT into
government in 2003.