CULTURA, EDUCAÇÃO E GEOGRAFIA: INTERFACES ENTRE O ENSINO DE GEOGRAFIA E O USO DOS DITOS POPULARES NA SALA DE AULA

Revista Tamoios

Endereço:
Rua Dr. Francisco Portela, 1470 - Patronato
São Gonçalo / RJ
24435-005
Site: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/tamoios/index
Telefone: (21) 3705-2227
ISSN: 1980-4490
Editor Chefe: Eduardo Karol
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

CULTURA, EDUCAÇÃO E GEOGRAFIA: INTERFACES ENTRE O ENSINO DE GEOGRAFIA E O USO DOS DITOS POPULARES NA SALA DE AULA

Ano: 2018 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: J.V.R. Souza, B.M. Santos
Autor Correspondente: J.V.R. Souza | [email protected]

Palavras-chave: Cultura; Educación; Geografía; Enseñanza; Dichos populares.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo se propõe a discutir a intersecção entre temas relacionados à cultura, educação e Geografia, pensando os ditos populares como dispositivos didáticos a serem utilizados nas aulas de Geografia. A cultura, a qual abarca múltiplos conhecimentos, inclusive a sabedoria popular, possui inúmeras definições, constituindo-se através da relação entre homem e natureza. Ao adquirir esse repertório cultural, os seres humanos se utilizam das formas de comunicação, como a oralidade, para transmiti-lo, o que inclui os ditos populares como meio de aquisição de saberes necessários à sobrevivência e como instrumento de resistência frente ao mundo globalizado. Nesse contexto, ao pensar as formas e as razões do fazer educativo, encontram-se diversos espaços em que a educação pode se efetivar, mas levando em consideração a centralidade da instituição escolar como responsável por esse processo, constata-se a exclusão da sabedoria popular do conjunto de conhecimentos que são transmitidos através das disciplinas que compõe o currículo escolar. Por isso defendemos o uso do saber popular em sala de aula, principalmente nas aulas de Geografia, pensando o ensino de forma plural, interdisciplinar e multilinguístico, porém sem advogar em favor da supremacia de um tipo de conhecimento em detrimento de outros.



Resumo Inglês:

This article proposes to discuss the intersection between topics related to culture, education and geography, thinking the popular sayings as a didactic device to be used in Geography classes. Culture, which encompasses multiple knowledge, including popular wisdom, has innumerable definitions, constituting itself through the relationship between man and nature. By acquiring this cultural repertoire, human beings use forms of communication, such as orality, to transmit it, which includes popular sayings as a means of acquiring the knowledge necessary for survival and also as an instrument of resistance to the globalized world. In this context, when thinking about the forms and the reasons for the educational process, there are several spaces in which education can take place, but taking into account the centrality of the school institution as responsible for this process, the exclusion of popular wisdom of the set of knowledge that is transmitted through the disciplines that make up the school curriculum. Therefore, we defend the use of popular knowledge in the classroom, especially in Geography classes, thinking of teaching in a plural, interdisciplinary and multilingual way, but without advocating for the supremacy of one type of knowledge over others.



Resumo Espanhol:

El presente artículo se propone discutir la intersección entre temas relacionados a la cultura, educación y Geografía, pensando los dichos populares como dispositivo didáctico a ser utilizados en las clases de Geografía. La cultura, que abarca múltiples conocimientos, incluso la sabiduría popular, posee innumerables definiciones, constituyéndose a través de la relación entre hombre y naturaleza. Al adquirir ese repertorio cultural, los seres humanos se utilizan de las formas de comunicación, como la oralidad, para transmitirlo, lo que incluye los dichos populares como medio de adquisición de saberes necesarios para la supervivencia y también como instrumento de resistencia frente al mundo globalizado. En este contexto, al pensar las formas y las razones del hacer educativo, se encuentran diversos espacios en que la educación puede realizarse, pero teniendo en cuenta la centralidad de la institución escolar como responsable de ese proceso, se constata la exclusión de la sabiduría popular del conjunto de conocimientos que se transmiten a través de las disciplinas que componen el currículo escolar. Por eso defendemos el uso del saber popular en el aula, principalmente en las clases de Geografía, pensando la enseñanza de forma plural, interdisciplinaria y multilingüe, pero sin abogar en favor de la supremacía de un tipo de conocimiento en detrimento de otros.



Resumo Francês:

Cet article propose de discuter de l'intersection entre les sujets liés à la culture, l'éducation et la géographie, en considérant les dictons populaires comme un dispositif didactique à utiliser dans les cours de géographie. La culture, qui englobe la connaissance multiple, y compris la sagesse populaire, a d'innombrables définitions, se constituant à travers la relation entre l'homme et la nature. En acquérant ce répertoire culturel, les êtres humains utilisent des formes de communication, comme l'oralité, pour le transmettre, ce qui inclut les dictons populaires comme moyen d'acquérir les connaissances nécessaires à la survie et aussi comme un instrument de résistance au monde globalisé. Dans ce contexte, en réfléchissant aux formes et aux raisons du processus éducatif, il y a plusieurs espaces dans lesquels l'éducation peut avoir lieu, mais en tenant compte de la centralité de l'institution scolaire comme responsable de ce processus, l'exclusion de la sagesse populaire de l'ensemble des connaissances transmises à travers les disciplines qui composent le programme scolaire. Par conséquent, nous défendons l'utilisation des connaissances populaires dans la classe, en particulier dans les classes de géographie, en pensant à enseigner de manière plurielle, interdisciplinaire et multilingue, mais sans préconiser la suprématie d'un type de connaissance sur les autres.