A contribuição de Abraham Joshua Heschel para Filosofia das Ciências

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ISSN: 21755841
Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

A contribuição de Abraham Joshua Heschel para Filosofia das Ciências

Ano: 2011 | Volume: 9 | Número: 21
Autores: Renato Somberg Pfeffer
Autor Correspondente: Renato Somberg Pfeffer | [email protected]

Palavras-chave: Heschel, ciência, religião.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo defende que a ciência moderna não é a única ou a melhor forma de
explicação possível da realidade. A religião, especificamente, pode ser uma protagonista
na construção de um novo paradigma de conhecimento em uma sociedade secularizada. A
filosofia de Heschel busca na tradição judaica uma luz para o homem moderno. Esta
tradição afirma que o mundo descansa sobre três pilares: estudar para participar da
sabedoria divina, cultuar o criador e ter compaixão pelo nosso próximo. Nossa civilização
subverteu esses pilares fazendo do estudo uma forma de alcançar o poder, da caridade um
instrumento de relações públicas e do culto uma forma de adorar nosso próprio ego. Esta
crise extrema exige uma reorientação radical: estudo, culto e caridade são fins, não meios.
Os insights de Heschel podem ser fundamentais para compreensão da condição humana em
sua historicidade e do mundo como lugar de realização da humanidade.



Resumo Inglês:

The article argues that modern science is not the only or best explanation of reality.
Religion, specifically, can be a protagonist in the construction of a new paradigm of
knowledge in a secularized society. The philosophy of Heschel seeks guidance in Jewish
tradition for the modern man. This tradition states that the world rests on three pillars: to
study in order to participate in the divine wisdom; to worship the creator; and to have
compassion for our neighbor. The philosopher states that our civilization has subverted
these pillars making the study a way to achieve power, charity a public relations tool and
cult a form of worshipping our own ego. This extreme crisis requires a radical
reorientation: study, worship and charity are ends, not means. The insights of Heschel may
be fundamental to understand the human condition in its historicity and the world as a place
of humanity’s fulfillment.