CONTRACULTURA ESCOLAR NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFSC (1966-1973)

Linhas

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ISSN: 19847238
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/05/2000
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação

CONTRACULTURA ESCOLAR NO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFSC (1966-1973)

Ano: 2011 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: Ademir Soares Luciano Júnior, Norberto Dallabrida
Autor Correspondente: Ademir Soares Luciano Júnior | [email protected]

Palavras-chave: Colégio de Aplicação, Cultura escolar, Capital Cultural.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina foi criado no começo da década de 1960, à época como Ginásio de Aplicação, seguindo um modelo de instituição que já havia sido planejado e implantado em outras universidades do país com o mesmo objetivo: oferecer aos professores e acadêmicos das licenciaturas um campo de estágio e de experimentação pedagógica. Contudo, desde o momento em que o colégio foi implantado, o perfil social de seus discentes começou a mudar gradativamente, em parte em decorrência do exame de seleção escolar para a entrada na instituição e da orientação escolanovista que estava sendo implantada desde a segunda metade da década de 1960. Os alunos pobres e originários do Abrigo de Menores de Florianópolis, que eram maioria quando a instituição foi implantada, estavam dando lugar a estudantes das camadas médias, que, não raro, eram oriundos dos colégios particulares frequentados pela elite da cidade. O presente artigo dialoga com os conceitos elaborados por teóricos da sociologia da educação, em específico, as considerações sobre capital cultural e capital social do sociólogo Pierre Bourdieu e sobre cultura escolar do historiador Dominique Julia. Nosso objetivo é entender como a cultura escolar do colégio, por meio de atividades extraclasse promovidas pela instituição, foi sendo construída para possibilitar a mudança no perfil dos discentes e no seu respectivo capital cultural em menos de uma década, três delas em especial: o governo comunitário, o código de conduta e os jornais estudantis