O escopo deste artigo é discutir os prefixos sob uma perspectiva histórica e procurar divisar neles nuanças de valor estilÃstico. Tal recorte temático se deu, basicamente, por dois motivos: (i) as considerações tecidas por Martins (2003) quanto à baixa produtividade estilÃstica propiciada pela derivação prefixal – especialmente, se comparada à derivação sufixal; e (ii) as considerações feitas por Silva (2009) sobre a chamada linguagem do des-, da negatividade, em Manoel de Barros. Num primeiro momento, fizemos uma breve incursão histórica de viés etimológico acerca dos prefixos; depois, submetendo as reflexões a que chegamos a um corpus pontual do autor, destacamos exemplos em que traços de natureza morfoestilÃstica, que concorrem para a singularização de sua obra, também vinculada à estética do fragmentário e aos seres mais Ãnfimos, podem ser explorados.
This paper aims to discuss prefixes from a historical perspective, as well as to observe nuances of stylistic value in them. The choice of subject was basically due to two reasons: (i) the considerations set out by Martins (2003) on the low stylistic productivity caused by prefixal derivation – especially if compared to suffixal derivation; and (ii) the considerations set out by Silva (2009) on the so-called de-language, of negativity, in Manoel de Barros. At first we worked on a brief historically and etymologically-oriented incursion on prefixes; and then, subjecting the reflections we gathered to a punctual corpus by the author, we highlighted examples in which features of the morpho-stylistic nature that contribute to the singularity of his work, also linked to the aesthetics of the fragmentary and to the smallest beings, can be explored.
El objetivo de este artÃculo es discutir los prefijos desde una perspectiva histórica y discernir en ellos matices de valor estilÃstico. Este recorte temático se ha dado, fundamentalmente, por dos motivos: (i) las consideraciones expuestas por Martins (2003) sobre la baja productividad estilÃstica proporcionada por la derivación prefijal – especialmente, en comparación con la derivación sufijal; (ii) las consideraciones expuestas por Silva (2009) sobre el lenguaje llamado de des-, de la negatividad, en Manoel de Barros. Al principio, hicimos una breve incursión histórica de sesgo etimológico sobre los prefijos, sometiendo, a continuación, las reflexiones a las que llegamos a un corpus puntual del autor, destacamos ejemplos en los que rasgos de naturaleza morfo-estilÃstica contribuyen a la singularización de su obra, también vinculada a la estética de lo fragmentario y a los seres más Ãnfimos, pueden ser explorados.