CONSCIÊNCIA COMO PRÉ-REQUISITO PARA CIÊNCIA E RELIGIÃO

Revista Brasileira de Filosofia da Religião

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ISSN: 2358-8284
Editor Chefe: CECILIA CINTRA CAVALEIRO DE MACEDO
Início Publicação: 19/09/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

CONSCIÊNCIA COMO PRÉ-REQUISITO PARA CIÊNCIA E RELIGIÃO

Ano: 2017 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: CHARLES TALIAFERRO
Autor Correspondente: TALIAFERRO, C. | [email protected]

Palavras-chave: naturalismo; teismo; consciência; daniel dennett; jaegwon kim; john searle; wesley wildman; herman philipse.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Filosoficamente, a principal preocupação hoje é a de como conciliar a compreensão de senso comum de nós mesmos como agentes intencionais, conscientes, com uma visão naturalista do cosmos, segundo o qual o cosmos é não-teleológico, não-intencional, e consistindo de processos não mentais. Uma estratégia, para os naturalistas, tem sido negar a compreensão de nós mesmos própria do senso comum. Neste ensaio, a realidade da consciência, da intencionalidade, é afirmada como sendo mais certa do que a existência e a natureza dos objetos e eventos físicos independentes da mente. Os filósofos, que em nome da ciência, procuram eliminar a consciência não percebem que não pode haver ciência sem cientistas, seres conscientes e intencionais. O reconhecimento da primazia da consciência bloqueia uma estratégia naturalista, levando-nos a considerar explicações não-naturalistas como o teísmo e como algumas das objeções ao teísmo podem ser combatidas, uma vez reconhecida a robusta realidade da consciência.



Resumo Inglês:

A key concern philosophically today is how to square our common sense understanding of ourselves as intentional, conscious agents with a naturalist view of the cosmos, according to which the cosmos is non-teleological, non-purposive, and consisting of mind-less processes. One strategy has been for naturalists to deny the common sense understanding of ourselves. In this essay, the reality of conscious, intentionality is affirmed as being more certain than the existence and nature of mind-independent physical objects and events. Philosophers who in the name of science seek to eliminate consciousness do not appreciate that there cannot be science without scientists, conscious, purposive selves. Recognizing the primacy of consciousness blocks one naturalist strategy, leaving us open entertain non-naturalist accounts like theism, and some of the objections to theism can be countered once we recognize the robust reality of consciousness.