Conhecimento e prática de pediatras brasileiros sobre a doenc¸a do refluxo gastroesofágico em lactentes

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Conhecimento e prática de pediatras brasileiros sobre a doenc¸a do refluxo gastroesofágico em lactentes

Ano: 2015 | Volume: 33 | Número: 1
Autores: Soares AC et al.
Autor Correspondente: Morais MB | [email protected]

Palavras-chave: Refluxo gastroesofágico; Vômito; Lactente; Fórmulas infantis; Prática profissional; Conhecimentos, atitudes e prática em saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Resumo
Objetivo: Avaliar o conhecimento e a prática de pediatras brasileiros na assistência ao lactente
com refluxo fisiológico e doenc¸a do refluxo gastroesofágico.
Métodos: Foram entrevistados 140 médicos pediatras em dois eventos científicos em 2009 e
2010. As perguntas referiam-se a dois casos clínicos de lactentes, um com quadro compatível
com regurgitac¸ão do lactente (refluxo fisiológico) e outro com doenc¸a do refluxo gastroesofá-
gico.
Resultados: Dos 140 participantes, 11,4% (n=16) e 62,1% (n=87) solicitariam exame para lactentes,
respectivamente, com refluxo fisiológico e doenc¸a do refluxo gastroesofágico. O primeiro
exame solicitado com maior frequência seria a radiografia contrastada de esôfago, estômago
e duodeno. Medicac¸ão seria prescrita por 18,6% (n=26) para o caso de refluxo fisiológico e
87,1% (n=122) para o caso de doenc¸a do refluxo gastroesofágico. Procinéticos seriam prescritos
com maior frequência do que os redutores da secrec¸ão ácida gástrica. Prescric¸ão de posic¸ão
para dormir fez parte das recomendac¸ões de 94,2% (n=132) e 92,9% (n=130) dos entrevistados,
respectivamente, para os casos de refluxo fisiológico e doenc¸a do refluxo gastroesofágico.
Entretanto, cerca da metade dos entrevistados não recomendaria o decúbito dorsal. Prescric¸ão
de dieta de exclusão do leite de vaca para um lactente com quadro de doenc¸a do refluxo
gastroesofágico seria feita por apenas 10 (7,1%) dos participantes.
Conclusões: Condutas diferentes das diretrizes internacionais são frequentemente consideradas
adequadas, especialmente quanto à recomendac¸ão de posic¸ão diferente do decúbito
dorsal e prescric¸ão de medicamentos. As respostas permitem inferir a capacidade de correta
diferenciac¸ão entre refluxo fisiológico e doenc¸a do refluxo gastroesofágico.



Resumo Inglês:

Abstract
Objective: To assess the knowledge and practice of pediatricians about infants with physiological
reflux and gastroesophageal reflux disease.
Methods: 140 pediatricians were interviewed during two scientific events in 2009 and 2010. The
questions referred to two clinical cases of infants. One with symptoms of infant regurgitation
(physiological reflux) and another with gastroesophageal reflux disease.
Results: Among 140 pediatricians, 11.4% (n=16) and 62.1% (n=87) would require investigation
tests, respectively for infant regurgitation (physiological reflux) and gastroesophageal reflux
disease. A series of upper gastrointestinal exams would be the first requested with a higher
frequency. Medication would be prescribed by 18.6% (n=26) in the case of physiological reflux
and 87.1% (n=122) in the case of gastroesophageal reflux disease. Prokinetic drugs would be
prescribed more frequently than gastric acid secretion inhibitors. Sleeping position would be
recommended by 94.2% (n=132) and 92.9% (n=130) of the respondents, respectively for the
case of physiological reflux and gastroesophageal reflux disease; however, about half of the
respondents would recommend the prone position. Only 10 (7.1%) of the pediatricians would
exclude the cow’s milk protein from the infants’ diet.
Conclusions: Approaches different from the international guidelines are often considered
appropriate, especially when recommending a different position other than the supine and
prescription of medication. In turn, the interviews enable us to infer the right capacity of the
pediatricians to distinguish physiologic reflux and gastroesophageal reflux disease correctly